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As doenças neurológicas são um dos maiores desafios da saúde pública atualmente, atingindo em torno de 6 milhões de pessoas no mundo.
Desde dores intensas até condições degenerativas, essas doenças podem comprometer a qualidade de vida dos indivíduos, muitas vezes de forma silenciosa e progressiva.
À vista disso, conhecer seus fatores de risco, tratamento e estratégias de prevenção é importante para viver melhor e buscar o diagnóstico o mais cedo possível. Vamos, então, entender como as doenças neurológicas funcionam!
Sumário
O que são doenças neurológicas?
As doenças neurológicas são condições que comprometem o sistema nervoso central ou periférico, afetando estruturas essenciais como cérebro, medula espinhal e nervos.
Diante disso, esses problemas podem alterar desde funções motoras, como andar e falar, até capacidades cognitivas, como memória e raciocínio.
Entre os distúrbios mais comuns estão a enxaqueca, a doença de Parkinson e a esclerose múltipla, que podem variar de leves a debilitantes.
Além disso, qualquer falha no funcionamento do sistema nervoso pode ter um impacto generalizado no corpo, dificultando atividades diárias e comprometendo a qualidade de vida.
Desta forma, é importante conhecer os sinais e sintomas para buscar tratamento o mais rápido possível.
Tipos de doenças neurológicas, sintomas e tratamento
Conheça abaixo os principais tipos de doenças neurológicas, seus sinais e sintomas e tratamento:
Enxaqueca
A enxaqueca é uma das doenças neurológicas mais prevalentes e incapacitantes. Apesar de ainda não ser completamente compreendida, sabe-se que ela está relacionada a alterações nos neurotransmissores e no fluxo sanguíneo cerebral.
Com isso, a enxaqueca provoca dores intensas em um lado da cabeça, comumente acompanhadas de náuseas, vômitos e sensibilidade à luz ou ao som.
Neste caso, fatores como estresse, desequilíbrios hormonais, genética e até certos alimentos podem desencadear episódios de enxaqueca. Assim, o tratamento pode incluir mudanças no estilo de vida e medicamentos específicos.
Doença de Parkinson
A doença de Parkinson é uma condição degenerativa que compromete o controle motor devido à redução na produção de dopamina no cérebro.
Desse modo, seus principais sintomas são tremores, rigidez muscular, lentidão nos movimentos e problemas de equilíbrio.
Em termos gerais, o envelhecimento é um dos fatores mais comuns, mas fatores genéticos e ambientais também têm influência.
Embora não haja cura, terapias medicamentosas, exercício físico e acompanhamento médico ajudam a controlar os sintomas e melhorar a qualidade de vida.
Esclerose Múltipla (EM)
A esclerose múltipla é uma doença autoimune que causa inflamação e danos à mielina, substância que recobre os nervos e é essencial para a transmissão dos impulsos nervosos.
Os sintomas dessa condição são fadiga, fraqueza muscular, problemas de visão e dificuldade de coordenação motora.
Ainda que a causa exata seja desconhecida, a predisposição genética e fatores ambientais, como infecções virais e deficiência de vitamina D, estão relacionados ao surgimento da doença.
Com isso, o tratamento visa reduzir a frequência dos surtos e desacelerar a progressão com medicamentos e terapias de reabilitação.
Doença de Alzheimer
A doença de Alzheimer é a principal causa de demência em idosos, caracterizada pela degeneração progressiva das funções cognitivas, como memória e aprendizado.
Inicialmente, o esquecimento e a dificuldade de concentração são sutis, mas os sintomas se agravam com o tempo, prejudicando a independência do indivíduo.
Os principais fatores de risco são idade avançada, histórico familiar, presença do gene APOE ε4 e hábitos de vida não saudáveis.
A doença não tem cura, então, intervenções médicas e terapias são utilizadas para retardar o avanço da doença.
Epilepsia
A epilepsia é uma doença neurológica que provoca crises epilépticas recorrentes, que ocorrem devido a descargas elétricas anormais no cérebro.
Essas crises podem variar em intensidade e manifestação, desde episódios leves, com breves alterações de consciência, até convulsões generalizadas que afetam o corpo inteiro.
Os sintomas da epilepsia dependem do tipo de crise, podendo acontecer espasmos musculares, perda de consciência, confusão temporária, olhar fixo e movimentos repetitivos.
No geral, o tratamento envolve o uso de medicamentos antiepilépticos para controlar as crises. Em casos específicos, podem ser necessárias intervenções cirúrgicas ou terapias alternativas.
Causas para doenças neurológicas
Vários fatores aumentam as chances de desenvolver doenças neurológicas. Entre eles, os mais comuns são histórico familiar, sedentarismo, excesso de peso, alimentação inadequada, hipertensão, diabetes, colesterol alto e saúde mental negligenciada.
Além disso, traumas físicos, infecções e exposição a substâncias tóxicas também contribuem para o surgimento dessas condições.
Portanto, reconhecer esses fatores e adotar hábitos saudáveis pode reduzir os riscos, e também retardar a progressão dessas condições.
Bem como, consultas regulares ao médico são fundamentais para identificar possíveis problemas ainda em estágio inicial.

Diagnóstico das doenças neurológicas
É sempre bom frisar a relevância de fazer visitas regulares ao seu médico, já que o diagnóstico precoce é essencial para o sucesso do tratamento.
Sendo assim, consultas regulares com um neurologista podem ajudar a identificar alterações no funcionamento do sistema nervoso.
Durante a consulta, o médico realiza uma avaliação clínica completa, que inclui testes físicos e neurológicos para analisar reflexos, coordenação motora e sensibilidade.
Além disso, exames de imagem, como ressonância magnética e tomografia computadorizada, também são solicitados para confirmar o diagnóstico e avaliar a extensão do problema.
Quanto mais cedo a doença for detectada, maiores são as chances de controlar os sintomas e melhorar a qualidade de vida.
Estratégias para prevenir doenças neurológicas
A prevenção das doenças neurológicas requer uma série de hábitos saudáveis que beneficiam a saúde cerebral.
Para começar, a adoção de uma alimentação equilibrada é fundamental para manter o cérebro funcionando adequadamente.
Além disso, a prática regular de exercício físico melhora a circulação sanguínea e reduz o risco de doenças como hipertensão, diabetes e colesterol alto, que estão associadas ao desenvolvimento de doenças neurológicas.
Ademais, o sono de qualidade é outro pilar importante, porque promove a regeneração celular e melhora a função cognitiva.
Já para lidar com o estresse, atividades como yoga, meditação, pilates e exercícios de respiração podem ser benéficos.
Bem como, evitar o consumo excessivo de álcool, o tabagismo e o uso de substâncias psicoativas também é essencial para proteger o sistema nervoso.
Por último, manter a mente ativa, seja através da leitura, de jogos que estimulem o raciocínio ou do aprendizado de novas habilidades, é uma forma eficiente de prevenir o declínio cognitivo.
Uma vez que estudos apontam que pessoas que exercitam o cérebro regularmente têm menos chances de desenvolver doenças neurológicas como Alzheimer e Parkinson.
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Referências
BADAEVA, A. V. et al. Perspectives on Neuronutrition in Prevention and Treatment of Neurological Disorders. Nutrients, v. 15, n. 2505, p. 1-18, 2023.
COSTA, C. M. B. et al. FUNCIONALIDADE DE USUÁRIOS COM DOENÇAS NEUROLÓGICAS CRÔNICO-DEGENERATIVAS. Revista Científica CIF Brasil, v. 13, n. 1, p. 84-93, 2021.FEIGIN, V. L. et al. The global burden of neurological disorders: translating evidence into policy. The Lancet Neurology, v. 19, n. 3, p. 255-265, 2020.
Nutricionista pelo Centro Universitário das Faculdades Metropolitanas Unidas (FMU) e pós graduada em Comportamento Alimentar pelo Instituto de Pesquisas, Ensino e Gestão em Saúde (IPGS).
Experiência acadêmica em pesquisa científica e produção de conteúdos com embasamento científico. Trabalha com marketing de conteúdo, com foco na divulgação de informação de qualidade baseada em ciência sobre alimentação e suplementação.