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Zinco quelado para que serve? Entenda!

zinco quelato para que serve
6 minutos de leitura

O zinco quelado é uma das melhores formas de suplementar zinco, um mineral com diversas funções importantes no nosso corpo.

O termo “quelado” se refere à ligação do zinco a um aminoácido ou composto bioativo, o que facilita sua absorção no organismo, fazendo com que essa forma seja mais biodisponível do que as outras.

Vamos, agora, conhecer para que serve o zinco quelado e como tomar esse suplemento corretamente!

O que é o zinco quelado?

Como dito anteriormente, o zinco quelado é um suplemento no qual o zinco está ligado a aminoácidos ou compostos bioativos.

Essa ligação tem o objetivo de ajudar o corpo a absorver o mineral da melhor forma, permitindo que o suplemento tenha uma melhor estabilidade no organismo.

Por isso, o zinco quelado também apresenta menor risco de provocar efeitos colaterais, como náuseas, diarreia e gosto metálico na boca.

Diferente das outras formas, como os zincos inorgânicos (óxido de zinco e sulfato de zinco), por exemplo, que oferecem uma absorção reduzida e são mais suscetíveis aos efeitos colaterais.

Para que serve o zinco quelado?

O zinco é um dos minerais mais abundantes no nosso corpo, devido à sua grande importância em diversas reações metabólicas. Conheça abaixo as suas funções:

1 – Auxilia na cicatrização

O zinco tem um papel fundamental na reparação dos tecidos por sua ação antioxidante e anti-inflamatória, acelerando a cicatrização de feridas, desde pequenos cortes até complicações mais graves, como úlceras diabéticas.

Além disso, em casos de feridas abertas, ele atua no combate de infecções, sendo fundamental para evitar complicações. Por isso, pessoas que possuem carência de zinco podem apresentar cicatrizações mais lentas.

2 – Ajuda no tratamento da diabetes

O zinco regula a produção de insulina, hormônio responsável por controlar os níveis de açúcar no sangue.

Algumas pesquisas indicam que pessoas com diabetes costumam apresentar níveis reduzidos de zinco no corpo, o que pode comprometer o controle glicêmico e levar a complicações associadas à doença.

3 – Previne o envelhecimento precoce

O zinco é um dos principais responsáveis por neutralizar os radicais livres, os quais são moléculas que danificam as células saudáveis e aceleram o desgaste da pele.

Por conta disso, o mineral auxilia no combate ao envelhecimento precoce, prevenindo ou retardando o agravo de rugas, manchas, linhas de expressão e flacidez.

4 – Promove o ganho de massa magra

O zinco atua na produção de hormônios, especialmente a testosterona, que é um dos principais reguladores do ganho de massa muscular.

Logo, esse mineral ajuda a aumentar a síntese de proteínas, sendo essencial para o crescimento e reparação dos músculos após o exercício físico.

Então, para quem quer ganhar massa magra, o zinco quelado pode ser um ótimo coadjuvante!

Além disso, ele acelera a recuperação muscular e melhora o desempenho físico, favorecendo tanto a manutenção quanto o aumento da massa magra em praticantes de exercícios intensos.

5 – Favorece a saúde dos cabelos

O zinco é necessário para o crescimento e reparação dos fios, pois, além de controlar a produção de oleosidade no couro cabeludo, ele previne a caspa e a queda capilar excessiva.

Com isso, os cabelos ficam mais fortes e resistentes, sendo importante sobretudo para quem tem os fios quimicamente tratados.

6 – Mantém a saúde dos olhos

O zinco protege os olhos contra os danos provocados pela luz azul e ajuda na metabolização da vitamina A, que é importante para a saúde ocular.

Além disso, por conta da sua ação antioxidante, ele pode prevenir ou retardar o avanço da degeneração macular, uma doença comum nos idosos que pode levar à perda de visão permanente

7 – Aumenta a imunidade

O zinco participa de reações que ativam as células de defesa como os linfócitos e macrófagos, que são responsáveis por combater doenças virais, bacterianas e fúngicas.

Além disso, o mineral regula substâncias que modulam a resposta imunológica, promovendo uma proteção mais eficiente contra agentes externos.

8 – Atua no crescimento das crianças e adolescentes

Durante a infância e a adolescência, o corpo precisa de maior aporte de alguns nutrientes específicos para se desenvolver de forma saudável, e o zinco é um dos principais responsáveis por esse processo.

Em crianças, ele contribui especialmente para o desenvolvimento dos ossos e da saúde cognitiva, auxiliando no aprendizado e na memória.

Já para adolescentes, o mineral é indispensável para o crescimento muscular e ósseo, sendo um fator importante para que esse processo aconteça de forma adequada.

9 – Promove a saúde da próstata

Estudos demonstram que o consumo adequado de zinco pode reduzir o risco tanto de hiperplasia prostática benigna como de câncer de próstata.

Além disso, ele combate inflamações crônicas, que podem acelerar o agravo da doença.

Qual quantidade diária de zinco precisamos consumir?

As necessidades diárias de zinco dependem do gênero e da faixa etária. Confira na tabela a seguir:

Bebês de 0 a 6 meses2 mg
Bebês de 6 a 12 meses3 mg
Crianças de 1 a 3 anos3 mg
Crianças de 4 a 8 anos5 mg
Homens de 9 a 13 anos8 mg
Homens de 14 anos ou mais11 mg
Mulheres de 9 a 13 anos8 mg
Mulheres de 14 a 18 anos9 mg
Mulheres acima de 18 anos8 mg
Grávidas de 14 a 18 anos12 mg
Grávidas acima de 19 anos11 mg
Lactantes de 14 a 18 anos13 mg
Lactantes acima de 19 anos12 mg

Como tomar o zinco quelado?

O zinco quelado é encontrado principalmente na forma de cápsulas, cuja dose ideal varia entre 10 e 30 mg por dia, dependendo das necessidades individuais. Mas o uso deve ser orientado por um médico ou nutricionista.

Para melhorar sua absorção no intestino, o ideal é evitar tomar o zinco quelado junto de fontes de cálcio ou ferro, pois esses minerais competem pela absorção. 

Além disso, evite o consumo do suplemento uma hora antes da refeição ou duas horas após o consumo de bebidas que contenham cafeína, pois a cafeína pode inibir a absorção do zinco.

Referências

FOOD AND NUTRITION BOARD, INSTITUTE OF MEDICINE, NATIONAL ACADEMIES. Dietary Reference Intakes (DRIs): Recommended Dietary Allowances and Adequate Intakes, Elements.

LIN, P. H. et al. Zinc in Wound Healing Modulation. Nutrients, v. 10, n. 16, p. 1-20, 2018.

READ, S. A. et al. The Role of Zinc in Antiviral Immunity. Advances in Nutrition, v. 10, n. 4, p. 696-710, 2019.

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Nutricionista pelo Centro Universitário das Faculdades Metropolitanas Unidas (FMU) e pós graduada em Comportamento Alimentar pelo Instituto de Pesquisas, Ensino e Gestão em Saúde (IPGS).

Experiência acadêmica em pesquisa científica e produção de conteúdos com embasamento científico. Trabalha com marketing de conteúdo, com foco na divulgação de informação de qualidade baseada em ciência sobre alimentação e suplementação.

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