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Doenças metabólicas: o que são, tipos, como prevenir e tratar

7 minutos de leitura

As doenças metabólicas afetam milhões de pessoas no mundo, sendo muitas vezes silenciosas e perigosas. 

De modo geral, esses distúrbios afetam o metabolismo e estão por trás de condições graves como diabetes, hipertensão e obesidade.

Por isso, ignorar as doenças metabólicas pode trazer consequências sérias e até fatais. Descubra agora como identificar os sinais, reduzir os fatores de riscos e prevenir naturalmente!

O que são doenças metabólicas?

As doenças metabólicas surgem de disfunções nas reações bioquímicas responsáveis por regular o equilíbrio energético do corpo.

Essas condições interferem na forma como o corpo processa os nutrientes, levando ao acúmulo ou à carência de substâncias essenciais.

Assim, quando ocorre algum distúrbio, o corpo enfrenta dificuldades em manter sua funcionalidade, resultando em condições como diabetes, obesidade, hipertensão e até doenças raras como a de Wilson.

Mas, afinal, o que é metabolismo?

O metabolismo é composto por dois processos principais: o catabolismo, que quebra moléculas complexas para liberar energia, e o anabolismo, que usa essa energia para construir estruturas essenciais, como proteínas.

Esses processos são regulados por hormônios, como insulina, cortisol e testosterona.

Por isso, quando há falhas nessa regulação, as doenças metabólicas surgem, impactando gravemente a saúde, exigindo atenção e prevenção.

Fatores de risco para doenças metabólicas

Diversos fatores aumentam a predisposição a doenças metabólicas. Entre eles estão histórico familiar, idade avançada, sedentarismo, sobrepeso e obesidade, tabagismo, alcoolismo e até questões genéticas.

Assim como, doenças autoimunes, como lúpus e doença celíaca, também podem influenciar. Bem como problemas hormonais, como disfunções da tireoide.

Sintomas de doenças metabólicas

Embora os sintomas variem de acordo com o tipo de doença metabólica, alguns sinais são comuns, como cansaço excessivo, ganho ou perda de peso repentina, alterações no apetite, pressão arterial elevada e níveis de glicose ou colesterol fora do normal.

Além disso, fique atento também a manifestações mais específicas, como palidez, tremores, tontura, suor excessivo e dores de cabeça frequentes, que podem indicar hipertensão ou hipoglicemia.

Quais os tipos principais?

As doenças metabólicas abrangem diversas condições que impactam o funcionamento do corpo de maneira diferente.

Abaixo, detalhamos os principais tipos:

Hipertensão arterial

Chamada popularmente de pressão alta, a hipertensão arterial é caracterizada por uma pressão sanguínea elevada de forma persistente, que muitas vezes não apresenta sintomas iniciais.

Ela é diagnosticada quando a pressão ultrapassa 140/90 mmHg. A longo prazo, pode danificar órgãos como coração, cérebro e rins.

  • Causas e fatores de risco: estilo de vida sedentário, excesso de sal na dieta, tabagismo e histórico familiar;
  • Prevenção: reduza o consumo de sódio, pratique exercícios regularmente e mantenha o peso ideal;
  • Tratamento: medicamentos anti-hipertensivos, mudanças na dieta e acompanhamento médico regular.

Diabetes mellitus

O diabetes ocorre quando o corpo não consegue regular os níveis de açúcar no sangue devido à deficiência ou resistência à insulina.

Existem dois tipos principais de diabetes mellitus: o tipo 1, de origem autoimune, e o tipo 2, mais associado ao estilo de vida.

  • Sintomas comuns: sede excessiva, aumento da fome, perda de peso, urina frequente, cansaço e feridas que demoram a cicatrizar;
  • Complicações: pode levar a problemas cardíacos, renais, danos nos nervos e até perda de visão;
  • Tratamento: controle rigoroso da glicose, uso de insulina ou medicamentos e adoção de uma dieta equilibrada.
diabetes

Hiperlipidemia

Caracterizada por níveis elevados de gorduras no sangue, como colesterol LDL e triglicerídeos, a hiperlipidemia é um fator de risco importante para doenças cardiovasculares.

  • Causas principais: má alimentação, genética, obesidade e uso de certos medicamentos;
  • Riscos associados: à formação de placas de gordura nas artérias pode causar infarto ou AVC (Acidente Vascular Cerebral);
  • Tratamento: dieta rica em fibras, redução de gorduras saturadas e trans, e, em casos graves, uso de estatinas ou outros medicamentos.

Obesidade

Diferente do que muitos pensam, a obesidade vai além da estética. Ela resulta de um desequilíbrio entre a ingestão de calorias e o gasto energético, levando ao acúmulo excessivo de gordura no corpo.

  • Impactos na saúde: aumenta o risco de diabetes, hipertensão, doenças cardíacas e até câncer;
  • Causas multifatoriais: genética, alimentação inadequada, sedentarismo e fatores emocionais;
  • Tratamento e prevenção: reeducação alimentar, aumento da atividade física e, em alguns casos, uso de medicamentos ou cirurgia bariátrica.

Disfunções da tireoide

Os problemas na tireoide, como hipotireoidismo e hipertireoidismo, também são caracterizadas como doenças metabólicas.

O hipotireoidismo gera lentidão no metabolismo, resultando em ganho de peso, cansaço e intolerância ao frio.

Já o hipertireoidismo acelera o metabolismo, levando à perda de peso, ansiedade e batimentos cardíacos acelerados.

Nestes casos, a abordagem médica é realizada por meio de exames hormonais e tratamento para reposição hormonal ou medicamentos que regulam a produção dos hormônios tireoidianos.

Doenças genéticas raras

Algumas doenças metabólicas são causadas por alterações genéticas específicas e apresentam sintomas únicos. Veja abaixo algumas delas:

  • Doença de Wilson: afeta o metabolismo do cobre, levando ao acúmulo do mineral no fígado, cérebro e outros órgãos. Os sintomas comuns são tremores, rigidez muscular e problemas psiquiátricos.
  • Doença de Gaucher: provoca o acúmulo de substâncias gordurosas em células e órgãos, causando aumento do fígado e do baço, anemia e complicações ósseas.

No geral, o tratamento dessas doenças inclui terapias específicas, como reposição enzimática e acompanhamento com especialistas.

Como tratar doenças metabólicas?

O tratamento depende do tipo e da gravidade da doença. Para a maioria dos casos, mudanças no estilo de vida são o primeiro passo.

Isso inclui, principalmente, a prática regular de exercícios físicos, a adoção de uma alimentação equilibrada e o controle do estresse.

Além disso, medicamentos podem ser necessários para controlar os sintomas e prevenir complicações, como estatinas para reduzir o colesterol ou insulina para diabetes.

Por fim, o acompanhamento médico regular é fundamental para ajustar os tratamentos conforme a evolução do quadro.

mulher fazendo exercício para mulher bebendo água para hipertrofia feminina

Como prevenir?

A prevenção é a melhor forma de combater as doenças metabólicas. Portanto, mantenha uma alimentação balanceada, rica em fibras, frutas, vegetais, grãos, proteínas magras e gorduras boas.

Bem como, pratique exercícios físicos regularmente, durma bem, evite o consumo excessivo de álcool e o tabagismo, e realize exames médicos periódicos.

Além disso, é importante controlar o peso, pois o sobrepeso e a obesidade são grandes vilões para o metabolismo.

Quer saber mais?

Referências

BARROSO, T. A. et al. Associação Entre a Obesidade Central e a Incidência de Doenças e Fatores de Risco Cardiovascular. International Journal of Cardiovascular Sciences, v. 30, n. 5, p. 416-424, 2017.

FERREIRA, M. E. SÍNDROME METABÓLICA E DOENÇAS CARDIOVASCULARES: DO CONCEITO AO TRATAMENTO. Arquivos Catarinenses de Medicina, v. 45, n. 4, p. 95-109, 2016.SCHUSTER, J.; OLIVEIRA, A. M.; BOSCO, S. M. D. O PAPEL DA NUTRIÇÃO NA PREVENÇÃO E NO TRATAMENTO DE DOENÇAS CARDIOVASCULARES E METABÓLICAS. Revista da Sociedade de Cardiologia do Estado do Rio Grande do Sul, n. 28, p. 1-6, 2015.

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Nutricionista pelo Centro Universitário das Faculdades Metropolitanas Unidas (FMU) e pós graduada em Comportamento Alimentar pelo Instituto de Pesquisas, Ensino e Gestão em Saúde (IPGS).

Experiência acadêmica em pesquisa científica e produção de conteúdos com embasamento científico. Trabalha com marketing de conteúdo, com foco na divulgação de informação de qualidade baseada em ciência sobre alimentação e suplementação.

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