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O biohacking é um termo que combina ciência, tecnologia e mudanças no estilo de vida para melhorar o desempenho físico e mental.
Dentre seus principais tópicos, estão os ajustes na alimentação e no sono, e o uso de suplementos e dispositivos tecnológicos para obter melhores resultados na saúde e na longevidade.
Se você ouviu falar recentemente sobre este termo e quer entender mais a respeito, continue conosco até o final!
Sumário
O que é biohacking e como funciona?
O termo “hacker” tem origem na palavra inglesa “hack”, que nada mais é do que uma solução criativa e alternativa para um problema.
Sendo assim, no biohacking, a ideia é aplicar esse conceito ao próprio corpo, ajustando processos fisiológicos para alcançar o máximo de eficiência do organismo. O que, consequentemente, reduz ainda mais o risco de doenças.
Dessa forma, cada pessoa pode personalizar sua jornada no biohacking de acordo com suas necessidades e objetivos.
Pilares do biohacking
O biohacking é baseado em 5 pilares fundamentais que, quando combinados, podem transformar a saúde e o bem-estar. Confira:
1. Nutrição
Sabemos que a nutrição tem influência direta na energia e no metabolismo, mantendo a saúde geral.
Portanto, optar por alimentos ricos em nutrientes, fazendo o devido equilíbrio entre eles, é um dos passos do biohacking para melhorar todo o funcionamento do organismo.
Além disso, a escolha de alimentos orgânicos e minimamente processados é uma opção para diminuir a exposição a toxinas, promovendo uma melhor absorção de nutrientes.
2. Sono
A qualidade do sono é outro ponto que interfere na recuperação celular, no equilíbrio hormonal e no desempenho cognitivo.
No biohacking, a higiene do sono é bastante utilizada para promover um descanso adequado.
Além disso, o uso de alguns suplementos como melatonina e magnésio também pode ajudar na regulação do sono, melhorando sua profundidade e duração.
3. Exercícios
A prática regular de exercícios físicos é indispensável para fortalecer o corpo e a mente. Desse modo, o biohacking foca na personalização dos treinos, levando em conta fatores como genética, metabolismo e objetivos individuais.
Neste contexto, o treinamento de alta intensidade, o biofeedback e a periodização são utilizados para aumentar a resistência, a força e a flexibilidade.
Assim como, a recuperação muscular é aperfeiçoada por meio de técnicas como crioterapia, alongamento funcional e o consumo adequado de proteínas.
4. Suplementação
Os suplementos são utilizados de forma bem estratégica no biohacking, pois ajudam a corrigir deficiências nutricionais mais rapidamente.
Assim, os suplementos que mais costumam ser utilizados são vitaminas como D, E e K, que fortalecem a imunidade, e/ou minerais como magnésio e selênio que melhoram a saúde neuromuscular.
5. Tecnologia
Já o quinto pilar do biohacking é a tecnologia, que permite acompanhar em tempo real diversos indicadores fisiológicos, possibilitando ajustes personalizados na rotina.
Alguns exemplos são os relógios inteligentes e monitores de variáveis como frequência cardíaca, qualidade do sono e níveis de estresse, que ajudam a otimizar o desempenho diário.
Além disso, há também alguns softwares e aplicativos específicos que oferecem análise detalhada de dados, permitindo que cada indivíduo adapte sua alimentação, treino e descanso conforme suas necessidades.
Suplementos mais usados no biohacking
O uso de suplementos é uma das estratégias mais adotadas por biohackers, pois auxilia na melhora da cognição, na recuperação muscular e na longevidade. Alguns dos mais utilizados são:
Nootrópicos
Também chamados popularmente de “suplementos para o cérebro”, os nootrópicos têm o objetivo de potencializar a função cognitiva, melhorando a concentração, a memória e o raciocínio.
Com isso, essas substâncias são utilizadas por biohackers que desejam melhorar o desempenho intelectual e a produtividade.
Entre os mais populares, a cafeína aumenta a atenção e reduz a fadiga, o magnésio melhora a clareza mental e ajuda na ansiedade, e a L-teanina promove relaxamento sem causar sonolência.
Além disso, compostos como colina também são utilizados para estimular neurotransmissores e favorecer a plasticidade cerebral.
Antioxidantes
Os antioxidantes desempenham um papel importante na redução do estresse oxidativo, ajudando a neutralizar os radicais livres que causam envelhecimento precoce e inflamações.
No biohacking, substâncias como curcumina e ômega 3 são utilizadas para fortalecer o sistema imunológico e melhorar a recuperação muscular.
Em síntese, a curcumina, extraída da cúrcuma, tem propriedades anti-inflamatórias poderosas. Já o ômega 3 contribui para a saúde cardiovascular e cerebral, sendo fundamental para a longevidade.
Vitaminas
As vitaminas são indispensáveis para diversas funções do nosso corpo. Por isso, são utilizadas para melhorar tanto a performance física quanto mental.
A vitamina D, por exemplo, é necessária para a imunidade, a saúde óssea e a regulação hormonal.
Enquanto a vitamina E atua como antioxidante, protegendo as células contra danos oxidativos, favorecendo a saúde da pele e dos músculos.
Já a vitamina K, por sua vez, é essencial para a coagulação sanguínea e a saúde cardiovascular.
Logo, a reposição adequada dessas vitaminas promove um corpo mais preparado para os desafios diários.
Minerais
O selênio e o magnésio são exemplos de minerais mais utilizados por biohackers para potencializar o desempenho físico e mental.
Isso porque o selênio tem forte ação antioxidante, ajudando a combater inflamações e fortalecendo a imunidade.
Já o magnésio é importante para a saúde neuromuscular e cardíaca. Além de atuar na qualidade do sono e na redução do estresse.
Benefícios da suplementação para biohackers iniciantes
Para quem está começando no biohacking, a suplementação pode ser uma ótima alternativa para melhorar o funcionamento do corpo mais rapidamente.
Entretanto, é importante escolher suplementos de alta qualidade e de marcas com respaldo, como a Vhita, para garantir a segurança e que os resultados sejam satisfatórios.
Como iniciar no biohacking com segurança?
É importante começar com mudanças simples e gradativas para se tornar um biohacker sem riscos.
Dito isso, ajustar a alimentação, melhorar a qualidade do sono e iniciar uma rotina de exercícios físicos são os primeiros passos.
Assim como, algumas práticas como mindfulness e meditação também podem ajudar a equilibrar a mente e reduzir o estresse.
Além disso, contar com a orientação de profissionais qualificados, como médicos, nutricionistas e profissionais de educação física, garante um acompanhamento seguro e eficaz.
Vale a pena testar o biohacking?
Como você pode ver, o biohacking pode ser uma ferramenta poderosa para quem busca melhorar a saúde, a longevidade e o desempenho físico e mental.
Porém, é muito importante adotar práticas seguras, evitando experimentações sem embasamento científico ou sem o acompanhamento profissional.
Referências
CRABTREE, J. R. et al. Biohacking Nerve Repair: Novel Biomaterials, Local Drug Delivery, Electrical Stimulation, and Allografts to Aid Surgical Repair. Bioengineering, v. 11, n. 776, p. 1-29, 2024.
EERENS, W.; CAEKEBEKE, P.; DUERINCKX, J. Biohacking and Chip Implantation in the – Human Hand: An Introduction, Journal of Hand Surgery Global Online, v. 6, p. 463-465, 2024.
ELDRIDGE, M.; COSSART, P.; HAMON, M. A. Pathogenic Biohacking: Induction, Modulation and Subversion of Host Transcriptional Responses by Listeria monocytogenes. Toxins, v. 12, n. 294, p. 1-21, 2020.GANGARDHARBATLA, H. Biohacking: An exploratory study to understand the factors influencing the adoption of embedded technologies within the human body. Heliyon, v. 6, p. 1-9, 2020.
Nutricionista – CRN 58462
Graduada em Nutrição pelo Centro Universitário das Faculdades Metropolitanas Unidas (FMU) e pós-graduada em Comportamento Alimentar pelo Instituto de Pesquisas, Ensino e Gestão em Saúde (IPGS), Suzana possui ampla experiência na interface entre ciência e prática clínica.
Com um histórico de atuação em pesquisa científica e produção de conteúdos baseados em evidências, sua trajetória abrange desde a criação de materiais técnicos até consultorias relacionadas à alimentação e suplementação.
Atualmente, dedica-se ao marketing de conteúdo, com foco na divulgação de informações científicas de qualidade, além de contribuir para a educação alimentar por meio de textos e materiais direcionados ao público.
Suzana também colabora no desenvolvimento de estratégias para promover escolhas alimentares saudáveis e responsáveis, mantendo seu compromisso com a excelência científica e ética profissional.