Aulão de biologia #NV8

11 minutos de leitura

“Cientistas que seguem as regras inventadas por outra pessoa não têm muitas chances de fazer novas descobertas.” – Jack Horner

Quando entendemos que a individualidade é super importante para qualquer pessoa e área da vida, queremos dizer que cada um tem o seu caminho, com suas próprias pedras e muros a serem superados.  

Alguns dias podem ser muito difíceis, mas não desista, pois você não está sozinho. Só precisará se adaptar, com seus próprios meios, às opções de estradas que a vida te dá pra seguir.

Então se conheça, explore você mesmo e supere seus limites.

Vamos as notícias de hoje? 

UP! SEU MOVIMENTO EM FOCO

Porque mexer o corpo faz bem.

Afinal, exercícios físicos afetam a expectativa de vida? Como já comentamos por aqui, esse é um dos pilares para uma boa saúde. 

Peter Attia, especialista em longevidade, e autor do livro ‘Outlive’, que estamos lendo por aqui, destaca a importância da atividade física regular como uma das formas mais eficazes de melhorar a saúde. 

São diversos os benefícios, como a redução do risco de várias condições adversas, incluindo desregulação metabólica, doenças cardiovasculares, câncer, neurodegeneração, doença pulmonar crônica e fragilidade a quedas. 

Porém, a ciência encontra alguns ‘empecilhos’ na comprovação de dados. Dê uma olhada.

 DESAFIO CIENTÍFICO. Mesmo com benefícios conhecidos, ainda não há um estudo clínico randomizado definitivo provando que o exercício aumenta diretamente a expectativa de vida.

 ESTUDO DA GERAÇÃO 100. Pesquisa na Noruega com idosos comparou efeitos de diferentes tipos de exercício na mortalidade. Resultados? Não conclusivos, mas HIIT mostrou uma tendência de benefício.

 LIMITAÇÕES NOS ENSAIOS. Difícil testar o impacto do exercício na longevidade sem comprometer a ética, pois não se pode pedir a um grupo controle para permanecer sedentário.

Mas, lembre-se: apesar disso, não pense que se movimentar não é importante, ok? Mesmo com essas questões, mexer o corpinho é algo que traz benefícios palpáveis, como bem-estar e disposição. 

Lembra que a gente falou que a sua vida é AGORA? 

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MAIS SAÚDE MENTAL, POR FAVOR

Essa é a meta de todos os anos.

Você às vezes esquece coisas que considera importantes ou tem dificuldades de lembrar o nome daquela pessoa que conheceu há pouco tempo? Saiba que você não está sozinho. 

Esquecer é um dos mecanismos mais importantes da memória, e exerce um papel essencial na manutenção das informações que o cérebro armazena e até na saúde mental. 

O nosso cérebro funciona como um filtro e, nem sempre, ele vai considerar relevante algo que você quer. Pois é… Não temos controle de tudo o que a nossa cabeça faz. 

Mas uma coisa é certa. Existem técnicas que podem ajudar a memorizar e elas são super bem-vindas, principalmente no processo de aprendizagem, como a repetição de hábitos e informações através da escrita, por exemplo. 

Porém, é bom lembrar que o envelhecimento é um processo que traz impactos na memória, e é completamente normal que pessoas mais velhas tenham mais dificuldade de lembrar algumas coisas. Mas é bom ficar atento à frequência com que isso acontece, ok? 

De qualquer forma, exercitar a memória, seja aprendendo um novo idioma ou fazendo palavras cruzadas, é um passo essencial para envelhecer com mais capacidade cerebral. 

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PREVENIR É MELHOR QUE CURAR

Porque ninguém quer ficar doente, não é mesmo?

Apesar de ser um assunto delicado, é sempre importante dar atenção ao câncer — e ao desenvolvimento dele. 

Tumores são mais tratáveis e com melhores resultados prognósticos se diagnosticados cedo. Só que alguns sintomas simples acabam sendo negligenciados por conta do hábito ou por simplesmente achar normal. 

A jornalista Laís Alegretti, da BBC News Brasil, destaca dez sinais para considerar a ida ao médico caso aconteçam, de acordo com cientistas do Cancer Research UK e da American Cancer Society. 

 Perda de peso inexplicável 

 Cansaço persistente 

 Feridas que não cicatrizam 

 Sangramentos atípicos 

 Nódulos 

 Suor noturno ou febre 

 Alterações na pele 

 Mudanças intestinais 

 Tosse ou rouquidão prolongadas 

 Dificuldade em engolir. 

É bom sempre ficar atento aos sinais do seu corpo e buscar ajuda sempre que eles forem frequentes ou até mesmo muito diferentes daquilo que você está acostumado a sentir. 

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Mas, afinal, por que o risco de câncer aumenta com a idade? 

Aos 75 anos, o diagnóstico de câncer do rei Charles trouxe à tona a discussão sobre esse risco maior entre os idosos. A idade média de início do câncer é de 66 anos, com mais da metade dos casos no Reino Unido diagnosticados em pessoas com 70 anos ou mais. 

Vários fatores contribuem para esse fenômeno, incluindo exposição a raios UV , inflamação crônica , poluição ambiental , tabagismo , consumo de álcool , e infecções microbianas .

Com o tempo, nossas células perdem a capacidade de reparar danos ao DNA, acumulando mutações que podem levar ao câncer .

• Mecanismos de reparo declinam com a idade, e o sistema imunológico fica menos eficaz em suprimir células cancerígenas. 
• Teorias sugerem que células podem “esquecer” seu comportamento correto com o tempo, contribuindo para o desenvolvimento do câncer. 
• O avanço na compreensão da relação entre envelhecimento e câncer abre caminho para novos tratamentos, incluindo drogas que miram mutações específicas e abordagens epigenéticas para reverter alterações prejudiciais. 
• Medicamentos estão em teste para melhorar a função imunológica e a saúde geral em idosos que já tiveram câncer, com potencial para aplicações mais amplas. 
• A pesquisa continua a explorar como reverter as alterações relacionadas à idade e melhorar a expectativa de vida saudável, reduzindo também os custos com assistência médica. 

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MOMENTO LONGEVIDADE

Minutos de reflexão que valem pra vida toda.

Voltando a falar de ‘Outlive’, lembra do começo desta edição, em que falamos sobre a individualidade? Pois bem… Vamos explorar um pouco mais o que isso significa. 

Para Peter Attia, especialista em longevidade, uma vida mais saudável e longa tem muito a ver também com as especificidades de cada pessoa. 

Mesmo que ela já tenha uma dieta super balanceada, pratique exercícios físicos com frequência e cuide da própria saúde, tais atitudes não são exatamente sinônimos de uma vida longeva. 

Ele exemplifica essa questão trazendo centenários que sempre valorizaram em sua própria vida hábitos não tão saudáveis, como beber e fumar, mas que, mesmo assim, viveram um tempo longo e bem aproveitado. 

Aí você se pergunta, mas por que eu tenho que me cuidar, sendo que outras pessoas não se cuidam e vivem muito? Na verdade, você não precisa. 

Sabemos que beber e fumar são atividades que oferecem riscos à saúde, maior propensão a doenças e, certamente, uma menor longevidade. O ponto principal aqui é individualidade. Será que vale a pena? 

A vida é feita de escolhas e ações, e, como já mencionamos, não precisamos e nem devemos nos limitar o tempo todo. A felicidade e a satisfação são chaves poderosíssimas para viver mais e melhor. O segredo é o equilíbrio. 

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E AGORA, NOS RRRECLAMES DO PLIM PLIM

O que está rolando na TV, na internet e tudo o mais.

E vamos pra mais um ‘rrreclames do plim plim’. Mas fala pra gente: você lê com a voz do Faustão? 

Colocando os trocadilhos de lado, ao que interessa: a recomendação de hoje é uma série documental sobre o corpo humano. Ou melhor, sobre o que é ser humano. 

Refletindo sobre os aspectos que nos unem, ‘Corpo Humano: nosso mundo interior’ traz explicações interessantes e envolventes sobre os processos da nossa natureza. 

Desde o funcionamento das reações corporais até os cinco sentidos e como nascemos, a minissérie é uma belíssima aula de ciência e biologia, com imagens incríveis e entrevistas enriquecedoras. Assista. 

QUER SABER MAIS? 

A obra está disponível completa na Netflix.

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Esperamos que você tenha uma ótima semana.

Até a próxima semana.