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Por que precisamos de eletrólitos?

mulher bebendo eletrólito
7 minutos de leitura

Você já se perguntou por que, às vezes, mesmo bebendo bastante água, ficamos com muita sede? A resposta pode estar no desequilíbrio de eletrólitos.

Os eletrólitos são minerais que exercem diversas funções vitais no nosso corpo, como contribuir para a hidratação.

Visto que, sem esses elementos, as células não conseguem absorver água para o seu interior.

Por isso, neste conteúdo, você vai entender o que são os eletrólitos, como agem e quando devem ser repostos!

O que são eletrólitos e por que eles são importantes?

Os eletrólitos são minerais que, ao se dissolverem em água, ganham carga elétrica. Isso permite que eles conduzam impulsos elétricos fundamentais para atividades como:

  • contração muscular;
  • batimentos cardíacos; e
  • transmissão de sinais pelo sistema nervoso.

Desse modo, os principais eletrólitos do corpo humano são: sódio, potássio, cálcio, magnésio, cloreto, fosfato e bicarbonato.

Esses minerais são distribuídos pelos compartimentos líquidos do organismo e mantêm o equilíbrio hídrico dentro e fora das células.

Além disso, eles regulam o pH do sangue, ajudam na regeneração dos tecidos e são indispensáveis para o bom desempenho físico e mental.

Dito isso, é a harmonia entre eles que sustenta nosso organismo em equilíbrio. Então, quando os níveis desses minerais caem ou aumentam demais, o corpo sofre para manter o funcionamento adequado.

Como perdemos eletrólitos no dia a dia?

A perda de eletrólitos é um processo natural do corpo, mas pode se intensificar em certas situações.

A principal forma de eliminação é pelo suor, especialmente durante exercícios físicos intensos ou em dias muito quentes. O sódio, por exemplo, é liberado em grandes quantidades nessas ocasiões.

Outras causas comuns são vômitos, diarreia, febres, dietas muito restritivas e uso de medicamentos diuréticos.

Em pessoas adeptas ao jejum intermitente ou dieta cetogênica, por exemplo, a perda de eletrólitos costuma ser maior porque o organismo excreta mais água e, junto com ela, os minerais.

Além disso, beber muita água sem reposição de eletrólitos pode levar a um quadro chamado hiponatremia, em que a concentração de sódio no sangue cai drasticamente, prejudicando o funcionamento celular e podendo causar sintomas graves, como:

mulher com as mãos na cabeça indicando dor de cabeça | alimentos que causam enxaqueca

Sinais de falta ou excesso de eletrólitos

Quando há desequilíbrio de eletrólitos no corpo, independentemente de ser falta ou excesso, o organismo costuma emitir sinais.

Os sintomas mais leves são cãibras, dor de cabeça, fraqueza muscular, fadiga, tontura e náuseas. Porém, o quadro pode se agravar.

Neste contexto, pode haver confusão mental, alterações no ritmo cardíaco, retenção de líquidos nas mãos e pés, vômitos, diarreia intensa e, em casos extremos, convulsões e perda de consciência.

Além disso, o tipo de eletrólito afetado determina o sintoma predominante. A falta de potássio, por exemplo, pode causar arritmias e fadiga extrema. Já a ausência de cálcio interfere nos reflexos musculares e até na coagulação sanguínea.

Por isso, identificar o desequilíbrio e entender sua origem é essencial para corrigir o problema de forma segura.

Reposição de eletrólitos: quando é necessária?

Ainda que uma alimentação equilibrada resolva a maior parte das necessidades do dia a dia, existem momentos em que a suplementação se faz necessária.

Durante exercícios físicos longos e intensos, sobretudo em ambientes quentes, o corpo perde grande quantidade de eletrólitos pelo suor.

Além disso, também é comum precisar repor eletrólitos em casos de doenças como dengue, viroses, diarreia ou vômito intenso.

Outro grupo que deve ficar atento são as pessoas que fazem dieta cetogênica, jejum prolongado ou low carb.

Uma vez que essas estratégias alimentares tendem a aumentar a excreção urinária, acelerando a perda de eletrólitos importantes como sódio e magnésio.

homem negro bebendo água

Como repor eletrólitos de forma segura?

Existem duas formas principais de garantir a reposição adequada de eletrólitos: pela alimentação e pela suplementação.

No dia a dia, priorize alimentos ricos em minerais como frutas , vegetais folhosos, sementes, tubérculos e água de coco, que são uma excelente fonte de potássio, sódio e magnésio.

Já os suplementos, por sua vez, devem ser utilizados com cautela. Neste caso, bebidas isotônicas, cápsulas ou pós efervescentes são úteis em momentos específicos, como treinos prolongados, doenças ou dietas restritivas.

No entanto, é essencial observar o rótulo, verificando se o produto contém os eletrólitos principais e evitando fórmulas com excesso de açúcar ou corantes.

Em todo caso, o ideal é contar com orientação de um profissional de saúde, que pode indicar a melhor estratégia de reposição para você.

Eletrólitos e desempenho físico e mental

O equilíbrio eletrolítico é fundamental para o desempenho físico e mental, porque os músculos precisam de impulsos elétricos para contrair e relaxar de forma coordenada.

Portanto, sem esses minerais, o processo de contração muscular não funciona adequadamente, gerando câimbras, fadiga precoce e queda de rendimento.

Além disso, os eletrólitos também atuam na função cerebral. Uma vez que a condução eficiente dos sinais nervosos depende de minerais como sódio, cálcio e magnésio.

Então, quando estão em baixa, é comum a pessoa se sentir mentalmente confusa, sem foco e com raciocínio lento.

Mitos e verdades sobre eletrólitos

Vamos esclarecer os principais mitos e verdades sobre os eletrólitos para que você possa tirar suas dúvidas:

É possível se desidratar mesmo bebendo muita água?

VERDADE! E isso é mais comum do que se imagina. Quando você consome muita água sem ingerir eletrólitos, o corpo dilui a concentração de sódio no sangue.

Como resposta, ele tenta eliminar o excesso de líquido pela urina, o que pode gerar uma falsa sensação de hidratação.

O resultado disso é que, mesmo com o estômago cheio de água, as suas células permanecem desidratadas.

Esse quadro, chamado de hiponatremia, prejudica a entrada de água nas células e afeta desde a função muscular até a capacidade de concentração e raciocínio.

Isso porque, a água, sozinha, não hidrata as células. Ela precisa estar acompanhada dos minerais certos para que o transporte seja eficiente e seguro.

Só atletas precisam repor eletrólitos?

MITO! Qualquer pessoa pode precisar dessa reposição em certos momentos, como exposição prolongada ao calor, febre, diarreia, vômitos, uso de diuréticos e dietas específicas.

Colágeno para os músculos

Suplementos com eletrólitos fazem mal aos rins?

MITO! Quando utilizados corretamente, os suplementos de eletrólitos não prejudicam os rins de pessoas saudáveis.

O problema surge apenas quando há uso excessivo ou sem necessidade, principalmente em pessoas com histórico de insuficiência renal ou outras doenças crônicas.

Por isso, deve-se utilizar os suplementos com orientação profissional, garantindo um consumo equilibrado e seguro.

Quer saber mais?

Referências

CHICAS, R. et al. Hydration Interventions Among Agricultural Workers: A Pilot Study. Journal of Occupational and Environmental Medicine, v. 64, n. 5, p. 357-359, 2022.

MACHADO, O. A. S.; KILLIAN, L. F.; GIANOLLA, F. Influência da hidratação em exercícios de endurance. Brazilian Journal of health Review, v. 2, n. 6, p. 5295-5320, 2019STAFFORD, M. M. et al. The Beverage Hydration Index: Influence of Electrolytes, Carbohydrate and Protein. Nutrients, v. 13, n. 2933, p. 1-16, 2021.

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Nutricionista – CRN 58462

Graduada em Nutrição pelo Centro Universitário das Faculdades Metropolitanas Unidas (FMU) e pós-graduada em Comportamento Alimentar pelo Instituto de Pesquisas, Ensino e Gestão em Saúde (IPGS), Suzana possui ampla experiência na interface entre ciência e prática clínica.

Com um histórico de atuação em pesquisa científica e produção de conteúdos baseados em evidências, sua trajetória abrange desde a criação de materiais técnicos até consultorias relacionadas à alimentação e suplementação.

Atualmente, dedica-se ao marketing de conteúdo, com foco na divulgação de informações científicas de qualidade, além de contribuir para a educação alimentar por meio de textos e materiais direcionados ao público.

Suzana também colabora no desenvolvimento de estratégias para promover escolhas alimentares saudáveis e responsáveis, mantendo seu compromisso com a excelência científica e ética profissional.

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