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Sarcopenia e saúde óssea: qual a relação?

menina pensando
7 minutos de leitura

A sarcopenia e o impacto na saúde óssea são duas condições que costumam aparecer depois dos 60 anos.

Embora faça parte do envelhecimento natural, elas podem se agravar rapidamente e de forma silenciosa, comprometendo a mobilidade, o equilíbrio e a qualidade de vida.

Assim, quando não tratadas corretamente, aumentam o risco de quedas, fraturas e hospitalizações

Desse modo, é comum que a sarcopenia e a osteoporose caminhem juntas. Por isso, explicaremos qual a relação entre essas duas doenças para que você previna danos mais sérios!

Sarcopenia e osteoporose: como ocorrem?

A sarcopenia é caracterizada pela diminuição gradual da massa e da força muscular. Já a osteoporose consiste na redução da densidade mineral dos ossos, tornando-os frágeis e suscetíveis a fraturas.

Mesmo sendo distintas, essas duas condições estão conectadas. Isso ocorre porque os músculos ajudam a proteger e estimular os ossos.

Portanto, quando os músculos perdem volume ou força, a estrutura óssea também sofre, pois há menos estímulo mecânico para manter sua densidade. Com isso, o esqueleto se enfraquece, o equilíbrio é afetado e o risco de quedas aumenta.

Bem como, tanto a sarcopenia quanto a osteoporose são mais comuns em pessoas que não praticam exercícios físicos e que consomem poucos nutrientes como proteínas, magnésio, cálcio e vitamina D.

Diante disso, quando a sarcopenia e a osteoporose se manifestam ao mesmo tempo, denomina-se de osteosarcopenia.

Essa é uma doença que compromete a mobilidade, a força e a resistência do indivíduo, além de representar um risco elevado de quedas graves.

Nesse cenário, mesmo um simples tropeço pode levar a fraturas importantes, principalmente no quadril, nas vértebras e nos punhos.

Além disso, a recuperação é mais lenta, e em muitos casos, a autonomia é perdida de forma definitiva.

Por esse motivo, quanto antes forem identificados os sinais de enfraquecimento muscular ou ósseo, maiores as chances de reverter ou ao menos desacelerar o processo com intervenções adequadas.

Fatores de risco para sarcopenia e saúde óssea

Entre os principais fatores de risco para a sarcopenia e a saúde óssea estão o envelhecimento, especialmente após a menopausa, no caso das mulheres.

Isso porque a queda na produção de hormônios nessa fase compromete a retenção de cálcio nos ossos e afeta a manutenção da massa muscular.

Além disso, uma alimentação pobre em proteínas e nutrientes como cálcio, magnésio e vitamina D acelera o desgaste do sistema musculoesquelético.

Assim como, o mesmo ocorre em quem vive em ambientes com pouca exposição solar, porque a luz solar é essencial para a ativação da vitamina D no corpo.

No mais, as doenças crônicas, como diabetes, distúrbios da tireoide, insuficiência renal, e certos tipos de câncer também estão associados ao aumento do risco.

Outros fatores de risco são alguns medicamentos como corticosteroides e anticonvulsivantes. Quando usados por longos períodos, eles também podem prejudicar tanto os ossos quanto os músculos.

Por último, vale ressaltar que a sarcopenia também pode surgir fora do contexto do envelhecimento.

Em pessoas hospitalizadas por muito tempo, acamadas ou que passaram por traumas severos, por exemplo, a perda muscular é acelerada e exige atenção.

Prevenção e tratamento da sarcopenia e osteoporose

Há diversas maneiras de prevenir, retardar ou, em alguns casos, até impedir o avanço da sarcopenia e da perda óssea.

Neste caso, o primeiro passo é adotar um estilo de vida mais ativo, com exercícios regulares que estimulem tanto os músculos quanto os ossos.

De modo geral, o treino de resistência, como a musculação, costuma ser o mais indicado. Já que ele melhora a força muscular, aumenta a densidade óssea e favorece o equilíbrio corporal.

Além disso, caminhadas, dança e pilates também são ótimas alternativas, desde que praticadas com frequência e orientação.

No entanto, só se exercitar não basta. Uma vez que a alimentação deve ser equilibrada e conter todos os nutrientes envolvidos na saúde óssea e muscular.

Logo, a dieta deve ser completa em proteínas de qualidade, e em vitaminas e minerais, como cálcio, magnésio, zinco, complexo B e vitamina D.

mulher se alongando

Tem como evitar a sarcopenia?

Não há garantia de que a sarcopenia possa ser evitada, já que o envelhecimento naturalmente traz alguma perda de massa muscular.

No entanto, é possível prevenir ou retardar o avanço dessa condição com hábitos saudáveis.

Por isso, a prática regular de exercícios de força é uma das maneiras mais eficazes de manter os músculos ativos e preservar a força ao longo do tempo. Além disso, uma alimentação equilibrada ajuda a sustentar a saúde muscular.

Bem como, também é importante manter um bom controle de doenças crônicas e buscar acompanhamento profissional.

Papel da suplementação na sarcopenia e saúde óssea

Sabemos que nem sempre conseguimos atingir a quantidade ideal de nutrientes apenas com a alimentação.

Nesses casos, os suplementos se tornam necessários, principalmente para quem já apresenta carência ou está em risco elevado.

Desse modo, suplementar proteínas e creatina ajuda na manutenção e recuperação da massa muscular, além de aumentar a força e a resistência física.

Já o cálcio e a vitamina D são fundamentais para proteger os ossos e garantir sua renovação adequada.

Por outro lado, o magnésio contribui para a fixação do cálcio nos ossos e melhora a função muscular.

Além disso, o colágeno também tem papel importante, pois participa da estrutura de músculos, tendões e ossos.

No entanto, na hora de aderir aos suplementos, é fundamental optar por marcas de confiança como a Vhita para garantir produtos de qualidade, segurança e eficácia comprovada.

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Quando procurar ajuda profissional?

Você deve buscar ajuda profissional assim que perceber qualquer sinal de perda de força ou massa muscular, como dificuldade para subir escadas, carregar objetos, mesmo leves, ou levantar-se da cadeira sem apoio.

Além disso, é válido buscar orientação se você tem mais de 60 anos, sobretudo se leva uma vida sedentária ou apresenta fatores de risco.

Outro momento essencial para procurar um médico, nutricionista ou educador físico é durante a transição para a terceira idade, mesmo sem sintomas. Afinal, a prevenção é sempre melhor do que o tratamento.

Quer saber mais?

Referências

CANDIDO, J. B. et al. RISCO DE SARCOPENIA E CONDIÇÕES DE SAÚDE EM IDOSOS INSTITUCIONALIZADOS COM OSTEOPOROSE. Revista Brasileira de Obesidade, Nutrição e Emagrecimento, v. 13 n. 83, p. 1106-1114, 2019. 

DUMS, W. A INFLUÊNCIA DE PROGRAMAS DE TREINAMENTO FÍSICO NA APTIDÃO FÍSICA RELACIONADOS À OSTEOPOROSE: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA. Revista Multidisciplinar do Nordeste Mineiro, v. 12, p. 1-14, 2023.

SANTOS, V. R. et al. Relação entre obesidade, sarcopenia, obesidade sarcopênica e densidade mineral óssea em idosos com 80 anos ou mais. Revista Brasileira de Epidemiologia, v. 53, n. 3, p. 300-305, 2018.SOUSA, C. R. et al. Prevalência e características associadas à sarcopenia em pessoas idosas: estudo transversal. Revista Brasileira de Enfermagem, v. 76, n. 2, p. 1-9, 2023.

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Nutricionista – CRN 58462

Graduada em Nutrição pelo Centro Universitário das Faculdades Metropolitanas Unidas (FMU) e pós-graduada em Comportamento Alimentar pelo Instituto de Pesquisas, Ensino e Gestão em Saúde (IPGS), Suzana possui ampla experiência na interface entre ciência e prática clínica.

Com um histórico de atuação em pesquisa científica e produção de conteúdos baseados em evidências, sua trajetória abrange desde a criação de materiais técnicos até consultorias relacionadas à alimentação e suplementação.

Atualmente, dedica-se ao marketing de conteúdo, com foco na divulgação de informações científicas de qualidade, além de contribuir para a educação alimentar por meio de textos e materiais direcionados ao público.

Suzana também colabora no desenvolvimento de estratégias para promover escolhas alimentares saudáveis e responsáveis, mantendo seu compromisso com a excelência científica e ética profissional.

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