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Existem diversas opções de tratamento para depressão e ansiedade. Não existe um tratamento melhor que outro, e sim aquele mais adequado para cada caso. Entenda, a seguir, quais são os tratamentos mais utilizados.
Tanto para tratar a depressão quanto para a ansiedade, alguns tipos de medicamentos (como o caso dos antidepressivos) e/ou terapias, são semelhantes, o que muda é a dinâmica e foco da terapia, e a classe e foco do medicamento.
Existem as terapias sem o uso de medicamento e as com o uso de remédios.
Sumário
- 1 Terapia sem uso de medicamento para tratar depressão e ansiedade
- 2 Terapias com uso de medicamentos para tratar depressão e ansiedade
- 3 Ômega 3 é bom para depressão?
- 4 Ômega 3 é bom para ansiedade?
- 5 Quantas cápsulas de ômega 3 tomar para a depressão e ansiedade?
- 6 Como escolher um bom ômega 3 para a depressão e ansiedade?
Terapia sem uso de medicamento para tratar depressão e ansiedade
Os tratamentos terapêuticos sem uso de medicamentos são usados na maioria dos casos de depressão e ansiedade.
Isso porque na maioria dos casos diagnosticados como leves a moderados, só eles já são suficientes como tratamento.
As principais terapias aplicadas sem uso de medicamento são: a terapia cognitiva comportamental, o mindfulness, os exercícios físicos e a alimentação adequada.
Já nos casos mais graves que exigem tratamentos com o uso de medicamentos, podem ser usados os benzodiazepines, anticonvulsivos e antidepressivos.
T.C.C. (Terapia Cognitiva Comportamental) para tratar depressão e ansiedade
É uma psicoterapia baseada em reconhecimento de padrões da interpretação individual sobre eventos. Deve ser aplicada por um psicólogo ou psiquiatra e utiliza de técnicas para trabalhar percepções de padrões de comportamentos negativos e transformá-los em positivos.
Mindfulness para tratar depressão e ansiedade
É uma terapia que trabalha técnicas de meditação voltadas a concentração. A proposta é o trabalho de concentração plena em algo específico, seja um objeto ou reações do próprio corpo (como respiração e os batimentos cardíacos).
Exercícios físicos para tratar depressão e ansiedade
É comprovado que praticar exercícios físicos regularmente estimulam a produção de hormônios como a dopamina e serotonina, que são considerados os hormônios da felicidade e do prazer, logo é recomendado a prática de exercícios físicos como terapia.
Alimentação adequada com ômega 3
A alimentação adequada é fundamental para o equilíbrio do corpo e da mente.
O ômega 3 é um nutriente que não conseguimos consumir em quantidades adequadas apenas pelos alimentos, porém é um nutriente super importante para a saúde mental.
Por isso, uma dieta rica em ômega 3 pode fazer parte da terapia para tratar depressão e ansiedade.
Terapias com uso de medicamentos para tratar depressão e ansiedade
Qualquer tipo de tratamento (principalmente com uso de medicamentos) deve ser prescrito por um médico.
Os medicamentos são geralmente usados em quadros de depressão e ansiedade mais graves (isso inclui pessoas que passam anos e até décadas em convívio com a doença), e os mais comuns são os antidepressivos.
Porém, existem medicamentos que auxiliam em diferentes tratamentos, veja:
Benzodiazepínicos para depressão e ansiedade:
Os populares calmantes. Esses medicamentos são usados para alívio imediato de sintomas como angústia e ansiedade, são tarja preta, tem um prazo curto de uso, geralmente servindo como preliminar para outro tratamento com antidepressivos a longo prazo.
Um exemplo é o Clonazepam (Rivotril), que custa por volta de R$ 20,00.
Anticonvulsivos para depressão e ansiedade:
Apesar de serem prioritariamente destinados para tratamento de convulsões e epilepsia, esse tipo de remédio também auxilia no tratamento de transtornos de humor bipolar e ciclotimia.
Um exemplo desse tipo de medicamento é a Pregabalina, que pode ser encontrado por valores entre R$ 50,00 e R$ 150,00.
Antidepressivos para depressão e ansiedade:
Como os mais usados, estes têm como principal função a normalização do fluxo de neurotransmissores, tendo distintos mecanismos de ação dependendo da sua classe. São usados para tratamento a longo prazo. Como exemplo de antidepressivo temos a Fluvoxamina (Revoc), com valores entre R$ 80,00 e R$ 230,00.
Ômega 3 é bom para depressão?
Muitas pesquisas apontam o ômega 3 como um potencial auxiliador no tratamento da depressão, seja ele consumido por meio de alimento (como peixes gordurosos) ou a partir da suplementação.
Recentes análises apontam e reforçam que pessoas com quadros depressivos apresentavam uma menor taxa de ômega 3 no sangue. E que o EPA e DHA (tipos de ômega 3) se mostraram muito eficazes na prevenção da depressão devido ao seu efeito anti-inflamatório, inclusive para o cérebro.
Não somente, o ômega 3 também é responsável por outros papéis importantes relacionados ao cérebro. Ele é uma gordura que ajuda a formar a bainha de mielina, uma capa de revestimento do neurônio, permitindo a proteção e melhor comunicação entre neurotransmissores.
Estudos preliminares também mostram que o ômega 3 tem forte papel na estimulação da produção do hormônio de crescimento do cérebro (BDNF), o que ajuda a prevenir a destruição das células cerebrais.
O ômega 3 também auxilia na produção de hormônios envolvidos com a sensação de felicidade e bem estar como a serotonina e dopamina.
Ômega 3 é bom para ansiedade?
Da mesma forma que para depressão, o ômega 3 atua no tratamento e prevenção da ansiedade , ou seja, muito do que é constatado para a depressão se valida em pacientes com ansiedade.
Outro ponto forte é que o suplemento de ômega 3 se mostra como uma alternativa eficaz em relação a dieta ocidental, pois nela não temos o hábito do consumo de duas a três porções de peixes gordurosos semanais.
O recomendado para a manutenção dos níveis de ômega 3 no sangue, o que também auxilia na prevenção da ansiedade e da depressão
Quantas cápsulas de ômega 3 tomar para a depressão e ansiedade?
É comum observar no mercado uma grande variedade de suplementos de ômega 3, por isso existem diferentes concentrações do suplemento.
Porém, a ingestão média recomendada por profissionais de saúde é de 1400mg de ômega 3 por dia.
Logo, o ideal é que a concentração de ômega 3 seja a maior possível (dentro do recomendado), gerando maior aproveitamento e duração do suplemento.
Uma quantidade interessante para o consumo diário é de até 2 cápsulas por dia.
Há casos mais acentuados de depressão e ansiedade que o consumo de ômega 3 pode chegar até 4g por dia, o que daria um total de aproximadamente 7 cápsulas por dia (baseado no consumo de um bom suplemento.
Mas para prevenção, a dose diária recomendada (1400 mg/dia) já é o suficiente.
Como escolher um bom ômega 3 para a depressão e ansiedade?
Tanto para prevenção quanto para ajudar no tratamento, é imprescindível escolher um suplemento de ômega 3 de qualidade, por isso que alguns detalhes devem ser observados antes de decidir por qual marca comprar:
É importante saber que um bom suplemento de ômega 3 precisa ter uma alta concentração de EPA e DHA por cápsula e entregar a dose diária recomendada (1400 mg) na menor quantidade de cápsulas possível (até 2).
Outra característica de um suplemento de ômega 3 de qualidade é que ele também venha com vitamina E na composição, para evitar a formação de radicais livres.
Além disso, um bom suplemento de ômega 3 contém o selo IFOS, um certificado com padrão e reconhecimento internacional, comprovando que o produto é livre de metais pesados, como o mercúrio, por exemplo.
E que também venha em embalagem opaca, protegendo da luminosidade para manter a qualidade da cápsula intacta.
Bons suplementos de ômega 3 podem ser encontrados por valores na faixa de R$ 100,00.
Quer saber mais?
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Referências:
Ta-Wei Guu, et al. A multi-national, multi-disciplinary Delphi consensus study on using omega-3 polyunsaturated fatty acids (n-3 PUFAs) for the treatment of major depressive disorder. 15 de março de 2020. PubMed. Disponível em <https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/32090746/> Acessado em 31/07/2020;
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Dietary omega-3 fatty acids normalize BDNF levels, reduce oxidative damage, and counteract learning disability after traumatic brain injury in rats. 21 de outubro de 2004. PubMed. Disponível em <Vhita. Ômega 3 e depressão: qual é a relação?. 28 de maio de 2019. Blog Vhita. Disponível em <https://blog.vhita.com.br/omega-3-para-depressao/> Acessado em 03/08/2020;
Vhita. Como escolher o melhor ômega 3 do mercado | Veja dicas. 27 de março de 2019. Blog Vhita. Disponível em <https://blog.vhita.com.br/melhor-omega-3-do-mercado/> Acessado em 03/08/2020;
Vhita. Campanha Setembro Amarelo e Transtornos Mentais. 28 de julho de 2020. Blog Vhita. Disponível em <https://blog.vhita.com.br/campanha-setembro-amarelo/> Acessado em 03/08/2020.
Nutricionista e Mestre em Ciências pela UNIFESP.
Experiência acadêmica em pesquisa científica. Atua como professora convidada em cursos de graduação e pós graduação na área da saúde.
Profissional com sólida formação em pesquisa e inovação. Atua na interseção entre o desenvolvimento de produtos com base em ciências e inovação para a saúde, e o marketing de conteúdo.