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Como usar a escala da fome e saciedade no consultório 

nutricionista realizando uma consulta nutricional
6 minutos de leitura

Nutri, você conhece a escala da fome e saciedade e sabe como usá-la na sua consulta nutricional

Neste artigo, você encontra a explicação do que é e vê como a ferramenta pode ser utilizada, da forma mais lúdica possível. 

Saiba tudo sobre a escala da fome e da saciedade, para quê serve, como apresentar no seu consultório, de maneira física ou enviado digitalmente?

Ao entender o que é e sua utilidade, irá descobrir a melhor opção para usar e como é importante trazer este tipo de material para o dia a dia do atendimento nutricional. 

O que é a escala da fome e da saciedade?

A escala da fome e saciedade nada mais que uma ferramenta utilizada para medir o nível, ou intensidade, se preferir, de fome e saciedade.

Escala essa que vai de 1 a 10, sendo que o número 1 sinaliza o maior grau de fome, aquele estado faminto. 

Por outro lado, o número 10 representa justamente o oposto. É algo como “estou com a barriga cheia”, ou ainda, me sinto satisfeito, não aguento mais comer.

Normalmente a escala é representada por uma imagem gráfica, similar a um medidor de gasolina. 

Em geral, a escala da fome e da saciedade é representada de forma colorida, em tons de vermelho e verde.

Desta forma, é muito mais visual. Inclusive, muitos modelos possuem o centro, que representa a saciedade de uma cor e as pontas de outra. 

No entanto, cada profissional pode usar a criatividade para fazer o seu. A escala é uma forma lúdica de explicar os conceitos de fome e de saciedade durante sua consulta.

Além de ser de fácil entendimento, é algo visual para o próprio paciente começar a detectar quando está com fome e quando não está. 

Escala da fome e saciedade – Fonte: Adaptado de The Center for Health Promotion and Wellness MIT Medical

Escala da fome e da saciedade: para que serve? 

A escala da fome e da saciedade é relevante no atendimento, já que ensina ao seu paciente, uma forma de aprender a identificar quando está com fome. Embora possa parecer fácil, descobrir os sinais de saciedade pode ser desafiador. 

Saber se é fome ou não, é o primeiro passo para entender o que mais pode ser. Uma vontade de comer alguma coisa diferente ou um prato específico?

Em tempos onde o autocuidado vem ganhando cada vez mais destaque, essa ferramenta pode ser usada para significar quando realmente existe a fome.

O interessante é que o nutricionista vai ensinar como o paciente usar a escala, sempre que puder, antes de comer. 

Para diferenciar a fome física da fome emocional, cabe o profissional ajudar e instruir o paciente neste sentido.

Não é exagero dizer que a alimentação consciente está intimamente ligada com a escala da fome e saciedade e é uma grande alinhada neste sentido. 

O mindful eating, que seria o comer com atenção plena, é outra técnica que pode ser utilizada em conjunto com a escala. Assim, se come quando tem fome de verdade, e tem atenção ao comer. 

Desta forma, fica mais possível para o paciente controlar seu comportamento alimentar em casa e seguir uma boa alimentação no seu dia a dia. Mesmo quando está sentindo mais tristeza, ansiedade ou agitação. 

Assim, a escala é útil para entender se o que está sentindo é fome biológica, ou é outro sentimento, como a fome emocional.

Também ajuda a trazer autocontrole para quem usa, evitando se alimentar em quantidade excessiva. 

Como usar a escala nas consultas?

A melhor forma de usar a escala da fome e da saciedade nas suas consultas nutricionais é durante o atendimento mostrar a escala e ensinar como usar. 

Depois da consulta, você pode enviar a versão digital da escala da fome e da saciedade, ou dar um modelo impresso.

Isto junto ao plano alimentar e as suas orientações nutricionais. Assim, cada um pode levar para casa e usar diariamente, sempre que precisar. 

Como usar a escala?

A variação ideal da escala é entre 4 a 6, sendo aquele nível em que não está nem com fome, mas nem completamente lotado, passando mal.  É o nível ideal de saciedade.

A orientação é para não chegar nas bordas da escala, sendo os níveis mais baixos e mais altos. 

Os primeiros números representam aquela sensação de estar ”morrendo de fome”, passando mal, quase desmaiando, com dor de cabeça, tontura. É um estágio onde pode ter prejuízos à saúde e o bem-estar. 

Por outro lado, ninguém precisa comer até passar mal de estar com a barriga lotada.

É outra sensação que causa mal-estar, além de não fazer bem à saúde a longo prazo.

Sendo assim, manter o nível de um pouco de fome, e logo comer, para se sentir satisfeito, mas sem ter comido excessivamente é ótimo. 

Assim, evita-se aquele ciclo de dieta e compulsão alimentar muito comum de encontrar nos paciente que buscam ajuda das nutricionistas no consultório.

É quando a pessoa faz dietas restritivas, comendo pouco, ou ainda, fica um grande período sem se alimentar. 

Contudo, depois, a fome somada à restrição intensa gera um comportamento alimentar desajustado. É aquela famosa sensação relatada de comer tudo que vê pela frente. 

No consultório 

Usar a escala da fome e da saciedade no consultório de nutrição é mais fácil do que parece. Basta você imprimir um modelo e plastificar com plástico-adesivo transparente tipo Contact.

Outra opção é imprimir a escala em um papel A4 e fazer um quadrinho para ter na parede do seu consultório.

Assim, durante a consulta, você explica o que é, como usar, e já tem uma representação visual pronta. 

Depois, você pode enviar uma versão em PDF, como uma lâmina, ou ainda, como uma imagem, via WhatsApp. 

Durante consultas on-line 

Para utilizar a escala da fome e da saciedade durante suas consultas online, a dica é outra.

Você pode preparar uma apresentação com a imagem da escala, entre outras informações, e compartilhar sua tela durante uma reunião online, utilizando uma ferramenta como o Google Meet, por exemplo.  

Outra ideia é enviar a imagem digitalmente. Enquanto explica para o paciente o que é, a pessoa já pode olhar, visualizar e tirar suas dúvidas. 

São várias opções para enviar o material, que pode ser por WhatsApp, e-mail, ou até mesmo, se reunir em uma call tipo Google Meet, dá para enviar pelo chat. 

A ideia é enviar o material antes da consulta para que possa ser discutida durante o atendimento, ensinando a usar a escala. É essencial que você ensine quando usar e como. 

Concluindo, ao aprender a usar a escala de fome e saciedade, seu paciente irá entender melhor a quantidade de comida que precisa ingerir.

Assim, você pode focar ainda mais na abordagem qualitativa, trazendo maior qualidade dos alimentos ingeridos. 

Quer saber mais? 

Referências

CARLOS, Lígia de Oliveira. Você tem fome de que?.

Escala da fome. Adapted from You Count, Calories Don’t , Ominchanski, L. (1992). MIT Medical. 

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Nutricionista pelo Centro Universitário das Faculdades Metropolitanas Unidas (FMU) e pós graduada em Comportamento Alimentar pelo Instituto de Pesquisas, Ensino e Gestão em Saúde (IPGS).

Experiência acadêmica em pesquisa científica e produção de conteúdos com embasamento científico. Trabalha com marketing de conteúdo, com foco na divulgação de informação de qualidade baseada em ciência sobre alimentação e suplementação.

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