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Apesar dos seus variados benefícios à saúde, há o questionamento se o ômega 3 faz mal em alguns casos. Isso é um mito ou verdade?
A princípio, os estudos mostram que os efeitos colaterais do ômega 3 são mínimos, mas podem ocorrer principalmente em usos excessivos.
Pensando nessa dúvida comum, avaliamos as melhores evidências científicas a respeito deste nutriente e falaremos a seguir se o ômega 3 faz mal ou não. Continue a sua leitura para conferir!
Sumário
Ômega 3 e seus benefícios: o que dizem as evidências científicas?
O ômega 3 é, sem dúvidas, um dos nutrientes mais estudados nos últimos tempos. E com muita frequência surgem novas evidências.
Entre elas, muitos estudos apresentam efeitos positivos do ômega 3 para prevenir e melhorar diversas questões de saúde.
Por exercer ações anti-inflamatória, antioxidante, moduladora, protetora, anticoagulante e estrutural, o ômega 3 exerce funções em diversas áreas do nosso corpo.
Na infância, o ômega 3 é fundamental para o desenvolvimento psicomotor. Além de fortalecer a imunidade e contribuir para o aprendizado, memória, raciocínio e concentração.
Por essa razão, o nutriente é um poderoso aliado especialmente no tratamento do TEA (Transtorno do Espectro Autista) e TDAH (Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade).
Nos adultos, o ômega 3 é capaz de prevenir doenças cardiovasculares e promover a integridade das células, olhos e cérebro.
Enquanto que nos idosos, o nutriente pode possibilitar o envelhecimento saudável, prevenindo doenças neurodegenerativas, inflamatórias, oculares e cardíacas.
Diante disso, percebe-se o quão importante é o ômega 3 para todas as fases da vida.
E por ser um nutriente essencial, isto é, que nosso corpo não é capaz de produzir, é preciso manter uma boa ingestão diária, seja pela alimentação ou suplementação.
Preocupações a respeito do ômega 3
As preocupações sobre o ômega 3 estão relacionadas ao consumo excessivo deste nutriente.
Além de aumentar os riscos de efeitos colaterais, como náuseas, vômitos, diarreia e dores abdominais, o uso exacerbado de ômega 3 pode levar ao desenvolvimento de algumas enfermidades.
Uma pesquisa divulgada no Journal of the National Cancer Institute demonstrou que quantidades excessivas de ômega 3 no organismo podem facilitar a formação de células cancerígenas, havendo maior ocorrência de câncer de próstata.
Um outro estudo, publicado no Arquivos Brasileiros de Cardiologia, revelou que o consumo excessivo de ômega 3 pode levar a peroxidação lipídica; um problema que gera a destruição das gorduras que recobrem as membranas celulares.
Esse dano provoca um desequilíbrio corporal e acarreta processos inflamatórios, que aumentam as chances de acúmulo de gordura nas artérias, contribuindo para a incidência de infarto e AVC (Acidente Vascular Cerebral).
Além disso, outros estudos correlacionam o consumo excessivo de ômega 3 a episódios hemorrágicos.
Por ser anticoagulante, acredita-se que altas quantidades do nutriente no corpo afetam o processo de coagulação do sangue.
No entanto, embora haja essas evidências, é importante destacar que as preocupações sobre o ômega 3 envolvem o consumo excessivo. Portanto, em usos adequados, os benefícios são superiores aos riscos.
Qual a dose correta do ômega 3?
Cada pessoa pode precisar de uma dose diferente de ômega 3 para atender às suas necessidades. Por isso, deve-se utilizar o suplemento apenas com orientação médica ou nutricional.
De modo geral, é recomendado consumir entre 1 a 2 gramas de ômega 3 por dia, sendo ideal que cada dose contenha pelo menos 500 mg de EPA e DHA.
É essencial observar que a proporção entre EPA e DHA deve ser de 3 para 2.
Isso significa que, para cada 300 mg de EPA, deve-se ter 200 mg de DHA. Portanto, para alcançar os 500 mg de DHA mínimos necessários, é preciso que haja 750 mg de EPA.
Atenção às variações individuais
Apesar de haver recomendações gerais, as demandas corporais podem mudar de acordo com as variações individuais.
Isso porque, a depender das condições de saúde e do estilo de vida do indivíduo, as necessidades de ômega 3 podem ser maiores ou menores.
O que se aplica sobretudo em casos de gestantes, idosos e pessoas com condições específicas, como TEA ou TDAH.
Por isso, consulte seu médico ou nutricionista antes de iniciar o uso de qualquer suplemento. Isso é importante para evitar doses exageradas e suas possíveis complicações.
Ômega 3 faz mal: dúvidas frequentes
Esclarecemos as principais dúvidas em relação ao ômega 3 e seus possíveis malefícios. Veja abaixo:
1 – Ômega 3 faz mal para o fígado?
Não! Pelo contrário, estudos recentes demonstram que o ômega 3 pode prevenir e até diminuir o acúmulo de gordura no fígado. Sendo útil também para regular processos inflamatórios que podem levar a esteatose hepática.
2 – Quem tem diabetes pode tomar ômega 3?
Sim! Devido às suas propriedades anti-inflamatórias, o ômega 3 pode aumentar a sensibilidade das células à insulina e contribuir no tratamento da diabetes, desde que seja combinado a uma dieta equilibrada.
3 – Crianças podem tomar ômega 3?
Sim! O suplemento de ômega 3 infantil tem sido bastante recomendado por pediatras e nutricionistas.
Muitas crianças costumam apresentar baixa aceitação ao consumo de peixes e outras fontes alimentares de ômega 3, como sementes e oleaginosas.
4 – Ômega 3 faz mal para os rins?
Não há relação entre ômega 3 e complicações renais. Entretanto, pacientes com doenças renais devem fazer apenas com orientação médica.
5 – Quem não pode tomar ômega 3?
O ômega 3 é contraindicado para indivíduos com hemofilia, problemas de coagulação ou próteses cardíacas. E pessoas alérgicas a peixe e crustáceos, pois sua matéria-prima é o óleo de peixe.
Conclusão
O ômega 3 é um nutriente essencial que oferece diversos benefícios à saúde. Por conta disso, é muito importante manter uma boa ingestão diária para evitar sua deficiência no organismo.
Entretanto, evidências científicas demonstram efeitos negativos associados a doses exageradas de ômega 3.
O que torna necessário que o uso do suplemento seja feito apenas com orientação médica ou nutricional.
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Referências
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Nutricionista pelo Centro Universitário das Faculdades Metropolitanas Unidas (FMU) e pós graduada em Comportamento Alimentar pelo Instituto de Pesquisas, Ensino e Gestão em Saúde (IPGS).
Experiência acadêmica em pesquisa científica e produção de conteúdos com embasamento científico. Trabalha com marketing de conteúdo, com foco na divulgação de informação de qualidade baseada em ciência sobre alimentação e suplementação.