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Conhecida popularmente como hormônio do amor, a ocitocina é um neuro-hormônio produzido pelo hipotálamo, cujas funções principais são facilitar o parto e a amamentação, além de regular a libido e a expressão de sentimentos.
Já nos homens, a ocitocina tem o papel de aumentar a sensibilidade do pênis ao contato e facilitar a ejaculação.
Mas, além disso, este hormônio tem outras funções interessantes, porém pouco faladas, sendo um dos principais elementos responsáveis pela sensação de prazer, felicidade e bem-estar.
Pensando nisso, decidimos trazer os 12 principais efeitos da ocitocina para que você saiba a importância deste neuro-hormônio no nosso corpo. Confira!
Sumário
- 1 Mas, afinal, quais são os benefícios desse hormônio?
- 1.1 1. Estimula o parto normal
- 1.2 2. Atua na liberação do leite materno
- 1.3 3. Regula a libido e aumenta o prazer sexual
- 1.4 4. Melhora a sensibilidade do pênis e aumenta o volume do esperma
- 1.5 5. Reduz a agressividade nos homens
- 1.6 6. Alivia dores
- 1.7 7. Fortalece o apego entre pais e filhos
- 1.8 8. Combate a ansiedade e depressão
- 1.9 9. Diminui o estresse
- 1.10 10. Promove as interações sociais
- 1.11 11. Fortalece as relações amorosas
- 2 O que diminui a produção de ocitocina?
- 3 Como estimular a liberação de ocitocina?
- 4 Quer saber mais?
- 5 Referências
Mas, afinal, quais são os benefícios desse hormônio?
Vamos, a seguir, aos benefícios desse hormônio.
1. Estimula o parto normal
Durante o trabalho de parto, a ocitocina age como um hormônio uterotônico. Ou seja, ela estimula as contrações do útero, induzindo o progresso da dilatação cervical e a saída do bebê.
Além disso, ela previne o sangramento excessivo após o parto. Por essa razão, em alguns casos, a ocitocina sintética costuma ser utilizada para induzir o trabalho ou combater hemorragia.
2. Atua na liberação do leite materno
Após o parto, a ocitocina exerce uma outra função crucial na amamentação. Durante a sucção do bebê, os seios da mãe geram impulsos nervosos que chegam ao cérebro e estimulam a liberação.
Ela, por sua vez, segue pela corrente sanguínea e chega às glândulas mamárias, onde estimula a liberação do leite materno por meio dos ductos mamários.
Com isso, o bebê também acaba ingerindo ocitocina através do leite materno, o que fortalece o vínculo entre mãe e filho, promovendo sensações de bem-estar, carinho, satisfação e afeto.
Toda essa resposta neuroendócrina é importante para um fluxo eficiente de leite materno, facilitando a alimentação do recém-nascido.
3. Regula a libido e aumenta o prazer sexual
Não é à toa que a ocitocina é conhecida como hormônio do amor. Isso porque, diversos estudos trazem que ela age em conjunto com a progesterona, na mulher, e a testosterona, no homem, para aumentar a libido e o prazer sexual.
Com isso, a ocitocina é liberada durante o contato íntimo, intensificando os vínculos emocionais e promovendo a intimidade.
Dessa forma, ela influencia na resposta sexual, estimulando a excitação e promovendo o orgasmo. Na mulher, ela facilita a lubrificação vaginal, enquanto que, no homem, favorece a ereção.
4. Melhora a sensibilidade do pênis e aumenta o volume do esperma
Por estimular o contato íntimo e a relação sexual, algumas pesquisas sugerem que a ocitocina também é responsável por melhorar a sensibilidade do pênis ao contato, permitindo que a ereção dure por mais tempo.
Além disso, um outro efeito observado nos homens é o aumento do volume de esperma. Acredita-se que ela atua estimulando as funções testiculares e favorecendo níveis hormonais sexuais adequados.
5. Reduz a agressividade nos homens
Estudos sugerem que a ocitocina está associada a comportamentos mais afiliativos e menos agressivos nos homens, uma vez que essa substância é liberada em resposta a interações sociais positivas, gerando empatia, confiança e cooperação.
No entanto, até o momento, os mecanismos de como isso acontece ainda não são completamente claros. Porém, acredita-se que ela atua regulando os efeitos da testosterona na agressividade.
6. Alivia dores
A liberação de ocitocina está relacionada a uma redução na percepção da dor, possivelmente agindo por meio de interações com o sistema nervoso central.
Além disso, acredita-se que a substância pode modular respostas emocionais à dor, contribuindo para uma sensação geral de bem-estar.
Por essa razão, algumas pesquisas têm investigado se ocorre redução nos níveis na fibromialgia, e se o uso de ocitocina sintética pode ser benéfico no tratamento da doença.
7. Fortalece o apego entre pais e filhos
Os efeitos não se limitam apenas a pais biológicos, mas também a pais adotivos.
No entanto, em se tratando da mãe biológica, alguns estudos indicam que, quanto mais ocitocina a mãe produz durante o primeiro trimestre da gravidez, mais ela tende a se envolver afetuosamente com o filho.
Já quanto à paternidade, acredita-se que a ocitocina é liberada a partir do envolvimento carinhoso com a criança, desde a barriga da mãe.
8. Combate a ansiedade e depressão
A ocitocina exerce um papel fundamental no combate à ansiedade e depressão, pois atua como um modulador neuro-hormonal.
Assim, como a substância está associada a estados emocionais mais positivos, sensação de bem-estar e menor resposta ao estresse, pesquisas sugerem que remédios à base de ocitocina podem ter efeitos antidepressivos e ansiolíticos.
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9. Diminui o estresse
A ocitocina atua no sistema nervoso central, reduzindo a resposta ao estresse e promovendo sensações de segurança e calma.
Dessa forma, ela regula a liberação de cortisol, diminuindo o estresse excessivo. O que, consequentemente, previne a ansiedade, depressão e fobia social.
10. Promove as interações sociais
A ocitocina intensifica a ligação emocional entre indivíduos, mediante a resposta de atividades sociais positivas, como carícias, abraços e beijos.
Assim, ela facilita a formação de vínculos afetivos, promovendo a confiança e a empatia.
11. Fortalece as relações amorosas
Nas relações amorosas, a ocitocina é liberada através de contato físico, como carinhos, olhares, abraços e beijos. Assim, ela aumenta as sensações de felicidade, prazer e bem-estar.
Alguns estudos sugerem que ela também pode estar envolvida com a fidelidade. Dessa forma, quanto mais estímulo desta substância existir, mais as pessoas tendem a se sentir atraídas por seus parceiros.
O que diminui a produção de ocitocina?
Alguns fatores que podem levar a redução na produção de ocitocina são:
- ansiedade;
- depressão;
- estresse crônico;
- solidão;
- envelhecimento;
- falta de estímulos externos;
- deficiências hormonais, como testosterona, GH e estradiol;
- hábitos não saudáveis (alcoolismo, tabagismo, sedentarismo e alimentação inadequada com excesso de carboidratos refinados, açúcar e gorduras saturadas e trans).
Como estimular a liberação de ocitocina?
O estímulo depende de vários fatores, como as condições de saúde de cada pessoa e o ambiente mais ou menos propício para a sua liberação.
No geral, estresse, depressão, ansiedade e solidão são agentes inibitórios de ocitocina. Enquanto que afeto, alegria, contato sexual e carinho são fatores estimulantes.
Em alguns casos, pode ser necessário o uso da ocitocina sintética por meio de medicamentos, mediante orientação médica.
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Referências
ALVES, A. L. et al. Hemorragia pós-parto: prevenção, diagnóstico e manejo não cirúrgico. FEMINA, v. 48, n. 11, p. 671-679, 2020.
LIMA, L. C. S. Concentrações de ocitocina, vasopressina e óxido nítrico no líquido cefalorraquidiano de mulheres com Migrânea e Fibromialgia. Tese (doutorado) – UFPE, Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2017.
RUSSO, J. A.; NUCCI, M. F. Parindo no paraíso: parto humanizado, ocitocina e a produção corporal de uma nova maternidade. Interface (Botucatu), v. 24, p. 1-14, 2020.
SANTOS, K. K. C. et al. OCITOCINA, RECOMPENSA E A PSICOBIOLOGIA DAS DECISÕES SOCIAIS. Revista PsicoFAE (Pluralidades em Saúde Mental), v. 6, n. 1, p. 61-76, 2017.
Nutricionista pelo Centro Universitário das Faculdades Metropolitanas Unidas (FMU) e pós graduada em Comportamento Alimentar pelo Instituto de Pesquisas, Ensino e Gestão em Saúde (IPGS).
Experiência acadêmica em pesquisa científica e produção de conteúdos com embasamento científico. Trabalha com marketing de conteúdo, com foco na divulgação de informação de qualidade baseada em ciência sobre alimentação e suplementação.