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Você provavelmente já ouviu falar em ômega 3. Talvez já conheça até sobre as vastas funções desse nutriente no corpo. No entanto, você sabe o que é ômega 6? E qual a diferença entre ele e o tradicional óleo de peixe?
Assim como o ômega 3, o ômega 6 é considerado uma gordura essencial — ou seja, não é produzido pelo nosso corpo e precisa ser adquirido através da alimentação.
A diferença entre eles é que, na cultura alimentar ocidental, o ômega 6 é obtido com muita facilidade em alimentos consumidos diariamente por nós. Continue lendo e descubra tudo sobre esse nutriente!
Sumário
Quais são os benefícios do ômega 6?
Como toda gordura, os ômegas são responsáveis pela manutenção de órgãos e nervos em suas devidas posições, pela regulação da temperatura corporal e por fornecer energia. No entanto, eles se destacam por possibilitarem a formação de moléculas que desempenham papéis fundamentais no nosso metabolismo, como as prostaglandinas e mediadores lipídicos.
Dessa forma, eles estimulam a produção do colesterol HDL (considerado “bom”), e transportam substâncias indesejáveis para o sistema excretor, como o colesterol LDL (conhecido como “colesterol ruim”). Assim, os ômegas são constantemente associados à diminuição dos riscos de doenças cardiovasculares.
Eles também são responsáveis pela síntese de hormônios esteróides, células e moléculas do sistema imunológico, o que cria um ambiente inflamatório que ajuda a combater infecções agudas ou inflamações crônicas. Neste ponto está a principal diferença funcional entre os ômegas 3, 6 e 9.
Enquanto as classes 3 e 9 proporcionam um perfil de citocinas anti-inflamatórias, que ajudam a combater inflamações crônicas, o ômega 6 promove um perfil pró-inflamatório, conveniente para combater lesões e infecções agudas. Então, os ômegas desempenham funções opostas.
Onde encontrar o ômega 6?
O ômega 6 é facilmente encontrado na nossa alimentação básica, em alimentos como óleos de girassol, milho e canola, em gordura de animais, chia, nozes, sementes de abóbora, pistache e outros.
Confira a tabela com informações nutricionais mais precisas:
ALIMENTOS FONTES DE ÔMEGA 6 | QUANTIDADE DE ÔMEGA 6 (g) EM 100g DO ALIMENTO |
Óleo de girassol | 62,22 |
Óleo de soja | 53,85 |
Óleo de milho | 49,94 |
Nozes | 35,3 |
Óleo de babaçu | 27,17 |
Gergelim | 22,39 |
Castanha do brasil | 20,97 |
Óleo de canola | 20,87 |
Amêndoa | 16,17 |
Azeite de dendê | 15,69 |
Azeite de oliva | 8,74 |
Por se tratar de uma gordura muito acessível pela alimentação, a suplementação de ômega 6 deve ser utilizada apenas com a orientação de um especialista, pois o excesso do nutriente também pode causar danos à saúde.
Quanto consumir de ômega 6?
O ômega 6 deve ser consumido proporcionalmente em uma relação de 1 para 1 com o ômega 3. Isto é, a cada grama de ômega 6, uma de ômega 3.
Parece fácil, né? Porém, a alimentação ocidental foi analisada e notaram a frequência de uma proporção de 16g de ômega 6 para 1 de ômega 3, quantidade muito acima do recomendado por especialistas.
Isso acontece porque, como dito acima, os alimentos fontes de ômega 6 estão muito presentes na nossa rotina de alimentação — diferentemente do ômega 3, que tem como sua maior fonte os peixes de águas frias e profundas. Como são menos comuns aqui no Brasil, são frequentemente ingeridos através de suplementos.
Além disso, o aumento do consumo dos processados e industrializados contribuem ainda mais para essa desproporção, o que pode gerar uma série de problemas de saúde.
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Nutricionista e Mestre em Ciências pela UNIFESP.
Experiência acadêmica em pesquisa científica. Atua como professora convidada em cursos de graduação e pós graduação na área da saúde.
Profissional com sólida formação em pesquisa e inovação. Atua na interseção entre o desenvolvimento de produtos com base em ciências e inovação para a saúde, e o marketing de conteúdo.