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Ômega 6: para que serve, onde se encontra e benefícios

Ômega 6
4 minutos de leitura

Você provavelmente já ouviu falar em ômega 3. Talvez já conheça até sobre as vastas funções desse nutriente no corpo. No entanto, você sabe o que é ômega 6? E qual a diferença entre ele e o tradicional óleo de peixe?

Assim como o ômega 3, o ômega 6 é considerado uma gordura essencial — ou seja, não é produzido pelo nosso corpo e precisa ser adquirido através da alimentação.

A diferença entre eles é que, na cultura alimentar ocidental, o ômega 6 é obtido com muita facilidade em alimentos consumidos diariamente por nós. Continue lendo e descubra tudo sobre esse nutriente!

Quais são os benefícios do ômega 6?

Como toda gordura, os ômegas são responsáveis pela manutenção de órgãos e nervos em suas devidas posições, pela regulação da temperatura corporal e por fornecer energia. No entanto, eles se destacam por possibilitarem a formação de moléculas que desempenham papéis fundamentais no nosso metabolismo, como as prostaglandinas e mediadores lipídicos.

Dessa forma, eles estimulam a produção do colesterol HDL (considerado “bom”), e transportam substâncias indesejáveis para o sistema excretor, como o colesterol LDL (conhecido como “colesterol ruim”). Assim, os ômegas são constantemente associados à diminuição dos riscos de doenças cardiovasculares. 

Eles também são responsáveis pela síntese de hormônios esteróides, células e moléculas do sistema imunológico, o que cria um ambiente inflamatório que ajuda a combater infecções agudas ou inflamações crônicas. Neste ponto está a principal diferença funcional entre os ômegas 3, 6 e 9.

Enquanto as classes 3 e 9 proporcionam um perfil de citocinas anti-inflamatórias, que ajudam a combater inflamações crônicas, o ômega 6 promove um perfil pró-inflamatório, conveniente para combater lesões e infecções agudas. Então, os ômegas desempenham funções opostas.

Onde encontrar o ômega 6?

O ômega 6 é facilmente encontrado na nossa alimentação básica, em alimentos como óleos de girassol, milho e canola, em gordura de animais, chia, nozes, sementes de abóbora, pistache e outros.

Confira a tabela com informações nutricionais mais precisas:

ALIMENTOS FONTES DE ÔMEGA 6QUANTIDADE DE ÔMEGA 6 (g) EM 100g DO ALIMENTO
Óleo de girassol62,22
Óleo de soja53,85
Óleo de milho49,94
Nozes35,3
Óleo de babaçu27,17
Gergelim22,39
Castanha do brasil20,97
Óleo de canola20,87
Amêndoa16,17
Azeite de dendê15,69
Azeite de oliva8,74
Fonte: Tabela de Composição dos Alimentos (TACO), 2011.

Por se tratar de uma gordura muito acessível pela alimentação, a suplementação de ômega 6 deve ser utilizada apenas com a orientação de um especialista, pois o excesso do nutriente também pode causar danos à saúde.

Quanto consumir de ômega 6?

O ômega 6 deve ser consumido proporcionalmente em uma relação de 1 para 1 com o ômega 3. Isto é, a cada grama de ômega 6, uma de ômega 3.

Parece fácil, né? Porém, a alimentação ocidental foi analisada e notaram a frequência de uma proporção de 16g de ômega 6 para 1 de ômega 3, quantidade muito acima do recomendado por especialistas.

Isso acontece porque, como dito acima, os alimentos fontes de ômega 6 estão muito presentes na nossa rotina de alimentação — diferentemente do ômega 3, que tem como sua maior fonte os peixes de águas frias e profundas. Como são menos comuns aqui no Brasil, são frequentemente ingeridos através de suplementos.

Além disso, o aumento do consumo dos processados e industrializados contribuem ainda mais para essa desproporção, o que pode gerar uma série de problemas de saúde.

Quer saber mais?

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Priscila Gontijo Correa

Nutricionista e Mestre em Ciências pela UNIFESP.

Experiência acadêmica em pesquisa científica. Atua como professora convidada em cursos de graduação e pós graduação na área da saúde.

Profissional com sólida formação em pesquisa e inovação. Atua na interseção entre o desenvolvimento de produtos com base em ciências e inovação para a saúde, e o marketing de conteúdo.

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