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Os superfoods são alimentos com possíveis propriedades curativas, medicinais e de alto valor nutricional. Também são conhecidos como superalimentos.
Em resumo, o superfood é todo alimento que contém alta concentração de nutrientes essenciais.
Neste caso, os nutrientes essenciais são fibras, vitaminas, minerais, antioxidantes e ácidos graxos.
Logo, os superfoods apresentam características positivas, principalmente por suas diversas propriedades:
- Ricos em antioxidantes: Previnem ou dificultam o aparecimento de doenças como o câncer;
- Anti-inflamatórios naturais: Agem como se fosse remédios, porém, sem química ou uso de substâncias farmacológicas;
- Ricos em energia: Oferecem nutrição adequada ao corpo e previnem eventos como hipoglicemia ou desnutrição;
- Atuam na imunidade: Tem a capacidade de colaborar na melhor produção de anticorpos e células de defesa.
Sumário
O que significa superfood?
Superfood é um termo em inglês que significa superalimento. A origem da expressão dá-se a partir da década de 90, com a democratização da informação científica.
Sendo assim, o termo superalimento tem respaldo científico, já que existem inúmeros alimentos ricos em nutrientes totalmente funcionais.
No entanto, o uso da palavra superfoods diz mais respeito ao marketing de empresas que querem vender seus produtos e usam a alegação de que eles são indispensáveis para a saúde.
Sendo assim, a palavra superfoods caiu nas graças do popular, apesar de não passar de uma propaganda exagerada.
Pois diversos alimentos vendidos como superfoods não passam de mero sensacionalismo e terrorismo nutricional.
Os superfoods realmente existem?
Apesar de toda a questão de marketing e sensacionalismo, de fato existem alimentos que até podem ser considerados superfoods, em uma classificação genérica.
Neste caso, são alimentos ricos em substâncias indispensáveis para as funções do corpo.
Contudo, não existe um alimento que seja tão poderoso ao ponto de ter todas as vitaminas e minerais, assim como todos os macronutrientes na proporção ideal para as necessidades diárias.
A conclusão é que existem superalimentos, mas ainda assim, não conseguem oferecer ao corpo todas as substâncias vitais de uma só vez e na cota diária recomendada.
Se isso acontecesse, não teríamos a necessidade de uma dieta diversificada e com vários grupos de alimentos diferentes a serem incluídos na alimentação diária.
7 principais superfoods naturais
1. Ovo
O ovo é a prova de que realmente existem superalimentos acessíveis. Rico em diversos nutrientes é um dos alimentos mais completos da natureza.
Oferece grande quantidade de proteínas e gorduras, além de ser rico em múltiplas vitaminas e minerais.
Contém grande quantidade de antioxidantes, principalmente luteína e zeaxantina, que influenciam positivamente no menor risco de degeneração macular.
2. Cúrcuma
A cúrcuma é rica em diversas substâncias como curcuminoides e polifenóis, além de possuir propriedades antioxidantes, anti-inflamatórias, antimicrobianas e moduladoras do sistema imune.
A cucumina, princípio ativo do alimento, proporciona diversos benefícios, como:
- Melhora da digestão;
- Prevenção de câncer;
- Diminuição da inflamação;
- Melhora da sensibilidade a insulina;
- Ação contra bactérias e patógenos infecciosos;
- Melhora da função cardíaca;
- Aumento da capacidade de cognição e concentração.
3. Brócolis
É considerado um superalimento devido ao fato de possuir fitoquímicos com potencial efeito protetor, dentre os quais os compostos fenólicos e carotenóides, além de vitaminas e minerais.
Além disso, a glicoforina (GRR) e o sulforafano (SFN), ambos presentes no brócolis, estão associados a uma elevada atividade antioxidante e anticarcinogênica.
4. Cacau
O cacau é rico em polifenóis, principalmente os flavonoides e os alcalóides como a teobromina, feniletilamina e cafeína.
Dentre os principais benefícios do cacau puro, sem adição de açúcar estão:
- Prevenção da oxidação celular;
- Redução da ocorrência de eventos cardíacos;
- Melhora da memória e humor;
- Maior produção de neurotransmissores como a serotonina e dopamina, essenciais para o bem estar e prazer;
- Proteção ao cérebro;
- Melhora de problemas estéticos.
5. Abacate
É conhecido por reduzir os níveis de colesterol, contribuindo para a saúde cardiovascular e melhorar a função cognitiva em adultos mais velhos.
Além disso, o abacate contém várias substâncias importantes como os fitoesteróis (beta-sitosterol) e a glutationa, um antioxidante.
Em estudos recentes, pesquisadores descobriram que o óleo de abacate contribui para a redução da glicemia, dos níveis de colesterol total e triglicerídeos, redução da inflamação pós-prandial e melhora da insulina.
Por fim, o alimento também atua na diminuição do risco de aterosclerose e na redução da endotoxemia, que é a passagem de substâncias do intestino para a corrente que geram processos inflamatórios.
6. Castanhas
A castanha é rica em compostos como o selênio e a vitamina E, que ajudam na diminuição do colesterol LDL (ruim), o que reduz o risco de doenças como a aterosclerose e o infarto.
Por ser rica em selênio, vitamina E e flavonoides, este alimento ajuda na prevenção de vários tipos de câncer, como de pulmão, mama, próstata e cólon.
Sem contar nos benefícios estéticos, pois é rica em zinco, vitamina B, ômega 3 e vitamina E, micronutrientes essenciais para saúde dos cabelos, pele e das unhas.
7. Peixes
O peixe é uma fonte de proteínas e gorduras boas, como o ômega 3, que aumenta a produção de anticorpos como leucócitos e basófilos, fortalecendo o sistema imune.
Consumir peixe 3 vezes na semana é uma excelente maneira de prevenir o aparecimento da osteoporose, já que o alimento é rico em vitamina D, que aumenta a absorção de cálcio no intestino e ajuda na prevenção do desgaste dos ossos.
Os peixes gordos, por exemplo, são fontes de ômega 3, que alivia os sintomas da artrite devido a sua propriedade anti-inflamatória.
Ou seja, os peixes mais gordos aumentam os níveis de ômega 3 no organismo, diminuindo a inflamação nas articulações e proporcionando redução da dor em doenças osteoarticulares.
Os superfoods são considerados os alimentos do momento
Ultimamente, os superfoods têm chamado a atenção nas redes sociais e o aumento da procura pelo tema tem sido intensa.
Por este motivo são considerados os alimentos do momento, já que estão em alta não apenas na publicidade, mas também em sites e blogs de saúde e alimentação.
No entanto, mitos e controvérsias povoam a mente das pessoas sobre o assunto, contribuindo para a disseminação de fake news e verdades errôneas.
Com o intuito de informar e mostrar o que é verdade e o que é mentira sobre os superfoods, este post tem a intenção de esclarecer dúvidas sobre o assunto.
Cuidado com as propagandas enganosas sobre superalimentos
É necessário ter cuidado ao consumir informações na internet sobre os superfoods, pois nem todas são confiáveis.
Na nutrição, os alimentos com possíveis propriedades acima da normalidade ou que oferecem maior aporte de nutrientes essenciais são chamados de “alimentos funcionais”.
Por mais que um alimento possua vários componentes indispensáveis ao organismo, ele não deve ser considerado isoladamente.
Afinal, se você consumir apenas os superfoods das propagandas provavelmente terá maior risco de apresentar alguma deficiência nutricional no futuro.
Desde sempre, a alimentação completa é necessária em pautas como diversidade e variedade, ou seja, é impossível nutrir o corpo com apenas alguns tipos de alimentos.
Nesse sentido, as propagandas acertam em fazer com que as pessoas acreditem que realmente existem alimentos milagrosos.
Para combater essas inverdades, é necessário cuidado na hora de decidir se vale a pena adquirir determinado superfood ou não.
Principalmente pelo fato de que muitos alimentos considerados superfoods são industrializados e passam por processos como adição de conservantes, estabilizantes e corantes.
Quer saber mais?
- Macro e micronutrientes: o que são e qual sua importância?
- O que são vitaminas? Conheça quais são e sua importância
- Antioxidante | O que é, benefícios e como consumir
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Nutricionista pela Universidade de São Paulo (USP).
Experiência acadêmica em pesquisa científica, trabalhando com projeto sobre tratamento de epilepsia com dieta cetogênica. Atuação em educação alimentar, desenvolvendo curso de capacitação para professores da rede pública sobre nutrição.
Trabalha com marketing de conteúdo, com foco na divulgação de informação de qualidade baseada em ciência sobre alimentação e suplementação.
