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Cúrcuma: o que é, tipos, características, benefícios e malefícios

7 minutos de leitura

A cúrcuma, cujo nome científico é Curcuma longa L., é uma planta que faz parte da família Zingiberaceae, a mesma do gengibre. O que justifica as suas semelhanças.

Popularmente, a cúrcuma também pode ser chamada de açafrão da terra, gengibre dourado, açafrão da Índia, turmeric ou mangarataia.

Ela é oriunda da Índia e do sudeste da Ásia, e é utilizada tanto como condimento quanto na medicina popular.

Isso acontece devido a sua ação anti-inflamatória, antioxidante, antimicrobiana, carminativa e termogênica.

O que a tornou uma grande aliada na prevenção e tratamento de diversas doenças, como diabetes, hipertensão arterial, obesidade, colesterol alto, artrite, osteoartrite e câncer.

Características da cúrcuma

A cúrcuma (Curcuma longa) é uma planta herbácea, uma vez que ela possui caules macios, flexíveis, sem lenhina e perene.

Ou seja, ela não perde as suas folhas em certas épocas do ano, tendo uma alta resistência e durabilidade.

Oriunda da Ásia, mais abrangente na Índia, a cúrcuma chegou ao Brasil na década de 80. Sendo cultivada em várias regiões brasileiras posteriormente.

Ela é uma planta com rizoma central ramificado e folhas de cor verde-clara. Podendo medir até 1,5m de altura.

Na maioria dos casos, o rizoma da cúrcuma é a parte mais utilizada na culinária e para fins medicinais. Tendo a cor vermelho alaranjada quando madura, além do aroma característico e do sabor levemente picante.

Com isso, ela pode ser consumido fresca, desidratada ou moída. Podendo ser utilizado tanto para a preparação de chás como adicionado a alimentos, sucos, shots matinais e até mesmo em cápsulas.

Além disso, a cúrcuma em cápsula também é uma excelente opção para incluir na rotina e obter os benefícios para a saúde.

Para que serve a cúrcuma?

A cúrcuma apresenta diversas propriedades medicinais, devido ao seu alto potencial antioxidante e anti-inflamatório.

Dessa forma, ela ajuda a neutralizar os radicais livres e, consequentemente, a oxidação excessiva que eles causam.

Além disso, a cúrcuma também inibe os processos inflamatórios, que podem afetar o sistema nervoso central, o sistema imunológico e as demais reações metabólicas do organismo.

Sendo assim, a cúrcuma fortalece a imunidade, protege o cérebro de degenerações precoces e regula os níveis de colesterol, açúcar e triglicerídeos no sangue.

Possuindo também ação expectorante, antimicrobiana, anticarcinogênica, analgésica e termogênica.

Tipos de cúrcuma

Existem diversas espécies de cúrcuma na natureza, porém a mais conhecida e estudada é a Curcuma longa L.

Além dessa, a cúrcuma zedoária tem tomado lugar de destaque. Uma vez que ela apresenta alto poder fitoterápico, melhorando a digestão e reduzindo o mau hálito.

Ela é bastante confundida com a cúrcuma longa, pois as suas folhas têm as características parecidas. Diferenciando-se apenas por uma linha marrom no meio.

Além disso, o rizoma da cúrcuma zedoária tem a coloração azulada. E quanto mais maduro ele estiver, maior é a pigmentação, ficando quase preto.

Benefícios da cúrcuma

1 – Diminui dores

Por possuir ação analgésica, a cúrcuma é uma grande aliada para a redução de dores, especialmente àquelas provocadas por lesões, artrite, osteoartrite, tendinite, bursite, entre outros.

Além disso, a cúrcuma também contribui para a melhora de enxaqueca, cólicas menstruais e TPM (Tensão Pré-Menstrual).

2 – Combate o câncer

A cúrcuma tem propriedade anticarcinogênica, o que combate a propagação de células defeituosas e cancerígenas.

Assim, ela ajuda tanto na prevenção do câncer quanto na regressão da doença.

Bem como, alguns estudos sugerem que a cúrcuma pode até mesmo melhorar a eficácia do tratamento quimio e radioterápico.

3 – Previne doenças neurológicas degenerativas

Os efeitos antioxidantes e anti-inflamatórios da cúrcuma melhoram o funcionamento do sistema nervoso central e a capacidade cognitiva.

Com isso, ela ajuda a prevenir doenças neurodegenerativas, como Parkinson e Alzheimer.

4 – Previne e trata diabetes

A cúrcuma favorece o bom funcionamento do pâncreas. Que, por sua vez, é responsável pela produção de insulina, hormônio importante para reduzir os níveis de açúcar no sangue.

Dessa forma, ela pode ser eficaz para o controle da diabetes e para melhorar a resistência à insulina.

5 – Melhora os níveis de colesterol e triglicerídeos no sangue

A cúrcuma auxilia na redução dos níveis de colesterol LDL, “o ruim”, e favorece o aumento de colesterol HDL, “o bom”.

Assim, ela ajuda a melhorar o perfil lipídico, sendo também eficaz para a regulação dos triglicerídeos no sangue. O que previne AVC (Acidente Vascular Cerebral), aterosclerose e infarto.

Como usar a cúrcuma na alimentação?

Normalmente, a cúrcuma costuma ser utilizada em pó, tanto como tempero quanto para acrescentar em sucos, shots matinais, sopas e receitas em geral.

Além disso, a raiz fresca ou desidratada pode ser utilizada para a preparação de chás ou até mesmo para saladas, ensopados e assados.

Vale destacar que os benefícios da cúrcuma podem ser ainda mais aproveitados se ela for consumida junto com a pimenta-preta.

Isso porque, a piperina, presente na pimenta-preta, é importante para melhorar a biodisponibilidade da cúrcuma. O que permite que as suas propriedades sejam inteiramente aproveitadas pelo organismo.

Ademais, também é importante evitar o uso da cúrcuma com alimentos fontes de ferro, pois ela pode atrapalhar a absorção deste mineral.

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Quais cuidados tomar antes de usar a cúrcuma?

Gestantes, crianças e lactantes devem usar a cúrcuma com muita moderação, sendo indicado apenas pitadas na alimentação.

Uma vez que ela pode ser um estimulante hormonal e causar sangramentos, parto prematuro, aborto espontâneo, hemorragia, dificuldade na produção de leite materno e dificuldade de crescimento.

Além disso, pacientes com cálculos biliares ou com problemas na vesícula também não devem fazer uso da cúrcuma. Pois, ela pode gerar obstrução nos dutos.

Malefícios da cúrcuma

Apesar de possuir diversos benefícios, a cúrcuma também pode apresentar alguns malefícios, sendo contraindicada para determinadas pessoas.

Neste sentido, ela pode prolongar o sangramento em indivíduos que tomam medicamentos anticoagulantes. Podendo também causar hemorragia durante o pré e pós cirúrgicos.

Além disso, a cúrcuma pode provocar sangramento nas fezes e piorar a inflamação em pessoas que sofrem de doenças gastrointestinais, como varizes estomacais e diverticulite.

Ademais, diabéticos que fazem uso de remédios hipoglicemiantes devem utilizar a cúrcuma somente com orientação médica. 

Uma vez que ela tem o mesmo efeito (hipoglicemiante) no corpo, podendo levar a hipoglicemia, quando em conjunto com o medicamento.

Quer saber mais?

Referências

BECKETT, R. D. Efficacy of Curcuma for Treatment of Osteoarthritis. Journal of Evidence-Based Complementary & Alternative Medicine. v. 22, n. 1, o. 156-165, 2017.

CHANDRASEKARAN, C. V. et al. Immune‑stimulatory and anti‑inflammatory activities of Curcuma longa extract and its polysaccharide fraction. Pharmacognosy Research. v. 5, n. 2, p. 71-79, 2013.

MARCHI, J. P. et al. CURCUMA LONGA L., O AÇAFRÃO DA TERRA, E SEUS BENEFÍCIOS MEDICINAIS. Arquivos de Ciências da Saúde da UNIPAR. v. 20, n, 3, p. 189-194, 2016.

RAHAMAN, M. et al. The Genus Curcuma and Inflammation: Overview of the Pharmacological Perspectives. Plants. v. 10, n. 63, p. 1-19, 2021.

VERMA, R. K. et al. Medicinal properties of turmeric (Curcuma longa L.): A review. International Journal of Chemical Studies. v. 6, n. 4, p. 1354-1357, 2018.

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Nutricionista pelo Centro Universitário das Faculdades Metropolitanas Unidas (FMU) e pós graduada em Comportamento Alimentar pelo Instituto de Pesquisas, Ensino e Gestão em Saúde (IPGS).

Experiência acadêmica em pesquisa científica e produção de conteúdos com embasamento científico. Trabalha com marketing de conteúdo, com foco na divulgação de informação de qualidade baseada em ciência sobre alimentação e suplementação.

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