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Ômega 3 no tratamento do TDAH – Vale a pena?

criança com tdah
6 minutos de leitura

O ômega 3 pode ser um grande coadjuvante no tratamento do TDAH devido aos seus benefícios. Com o uso correto, é possível observar melhora da atenção, redução da impulsividade e melhora da função cerebral.

Nos últimos anos, o ômega 3 tem sido muito estudado devido ao seu importante papel no desenvolvimento neurológico e nas funções cognitivas.

Por essa razão, ele faz parte do grupo dos nutrientes essenciais, já que o nosso corpo não o produz. Devendo então ser obtido através de suplementos ou alimentos, como salmão, sardinha e atum.

O que é TDAH?

O Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) é uma doença na qual o indivíduo sofre com dificuldade de atenção, impulsividade e hiperatividade.

Ela não tem cura, por isso é uma doença crônica. Mas os tratamentos visam reduzir os seus sintomas e a progressão da enfermidade.

Na maioria dos casos, o TDAH já demonstra sinais na infância. Onde a criança pode exibir dificuldade de aprendizagem (sobretudo na escola), falta de atenção, inquietação, agressividade e dificuldade de prestar atenção e de seguir instruções.

Já na fase adulta, os sintomas podem persistir como alterações no humor (principalmente depressão ou ansiedade), irritabilidade, dificuldade de aprendizagem no trabalho, déficits na memória (esquecimentos constantes), dificuldade de concentração, desatenção e dificuldade em cumprir tarefas.

Benefícios do ômega 3 para o TDAH

O ômega 3 é uma substância que faz parte da composição das membranas neuronais. Além disso, ele também desempenha papéis importantes no sistema nervoso, como a regulação dos neurotransmissores e das sinapses nervosas e a sobrevivência dos neurônios.

Desse modo, o ômega 3 no TDAH para crianças, pode ser bastante eficaz para melhorar a atenção e os comportamentos impulsivos.

Já nos adultos, pode ser um grande aliado para a melhora da concentração e a redução da hiperatividade e da impulsividade.

omega 3 para tdah

Quem tem TDAH pode tomar ômega 3?

Sim! Inclusive, o ômega 3 é um suplemento que costuma ser bastante indicado no tratamento do TDAH. Uma vez que ele apresenta efeitos positivos na redução dos sintomas e progressão da doença.

Além disso, alguns estudos sugerem que os indivíduos com TDAH são mais propícios a terem deficiência de ômega 3.

No entanto, é preciso consultar um médico ou nutricionista para utilizar o suplemento da forma correta. Visto que cada pessoa pode necessitar de doses diferentes de ômega 3.

Qual o melhor ômega 3 para TDAH?

O melhor ômega 3 é aquele que oferece boas proporções de EPA e DHA em sua composição, com no mínimo 60% de concentração e 1200mg na porção.

Bem como, aquele que é livre de metais pesados, como alumínio, arsênio, chumbo e níquel. Lembrando que essa informação deve estar descrita no rótulo.

Fora isso, é muito importante que o ômega 3 esteja combinado com a vitamina E, pois ela possui efeito antioxidante e evita a oxidação do produto. O que mantém a boa qualidade do suplemento.

Além disso, a matéria-prima importada, com o óleo de peixe extraído dos tecidos de peixes de águas profundas, geladas e não contaminadas da Noruega, garante a segurança do produto!

Por fim, a forma TG garante uma melhor absorção do ômega 3 em até 30% a mais quando comparado às outras formas de ômega 3. O que também gera melhor conforto gástrico!

Outros nutrientes que também são bons para o TDAH

Além do ômega 3, há também outros nutrientes que podem ser suplementados para aliviar os sintomas do TDAH. Confira abaixo!

1. Inositol

O inositol é considerado uma vitamina do complexo B. Ele é indicado no tratamento do TDAH por aperfeiçoar a ação dos neurotransmissores, especialmente o GABA e a serotonina.

Com isso, ele ajuda a provocar a sensação de relaxamento, tranquilidade e bem-estar. Além de ser excelente na melhora da qualidade do sono e na redução dos comportamentos impulsivos.

2. Magnésio

O magnésio é um mineral que participa de mais de 300 reações metabólicas no corpo. Assim, ele é um dos principais cofatores de enzimas. Muitas delas envolvidas em reações que envolvem as funções cognitivas.

À vista disso, ele desempenha papel importante na regulação geral do sistema nervoso. O que gera menor hiperatividade e agitação para os portadores de TDAH, sobretudo as crianças.

3. Tirosina

A tirosina é um aminoácido com ação estimulante. Por isso, o corpo a utiliza para a produção dos hormônios da tireoide e de neurotransmissores como a dopamina e noradrenalina.

Sendo assim, a tirosina contribui para a melhora das funções cognitivas, especialmente na memória e no processo de aprendizagem.

4. Zinco

O zinco é um mineral muito importante para a boa saúde dos neurônios. Uma vez que ele atua no desenvolvimento neuronal.

Além disso, ele também possui função essencial no metabolismo do DNA e RNA, na síntese de neurotransmissores e no desenvolvimento dos túbulos neurais. O que o torna um poderoso suplemento para a redução dos sintomas do TDAH.

5. Triptofano

O triptofano é o aminoácido base para a síntese de serotonina, neurotransmissor responsável por fornecer a sensação de relaxamento e bem-estar.

Uma grande curiosidade é que, a partir da serotonina, é sintetizada a melatonina. Logo, o triptofano também contribui para a melhora da qualidade do sono.

criança com tdah comendo

Alimentos que pioram o TDAH

1. Café

De modo geral, pequenas doses de cafeína podem gerar benefícios para as pessoas com TDAH.

Por outro lado, quantidades exorbitantes podem piorar os efeitos colaterais dos medicamentos utilizados no tratamento da doença.

2. Açúcar

Os alimentos açucarados geram um pico de glicose e insulina na corrente sanguínea. O que pode piorar ainda mais a hiperatividade e impulsividade nos indivíduos com TDAH.

3. Aditivos artificiais

Os aditivos artificiais, encontrados em alimentos industrializados como refrigerantes, doces, biscoitos e salgadinhos, podem interferir na produção hormonal. O que piora ainda mais os sintomas do TDAH.

Quer saber mais?

Referências

AGOSTINI, C. et al. The Role of Omega-3 Fatty Acids in Developmental Psychopathology: A Systematic Review on Early Psychosis, Autism, and ADHD. International Journal of Molecular Sciences. v. 18, n. 2608, p. 1-25, 2017.

BLOCH, M. H.; MULQUEEN, J. Nutritional Supplements for the Treatment of Attention-Deficit Hyperactivity Disorder. Child Adolesc Psychiatr Clin N Am. v. 23, n. 4, p. 883-897, 2014.

MARQUES, F. M. S.; NETO, J. C. A.; FILHO, R. C. A. G. Eficácia do ácido graxo Ômega-3 sobre o Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) em crianças (0 a 12 anos de idade): uma revisão de literatura. Revista Saúde e Desenvolvimento Humano. v. 10, n. 3, p. 1-10, 2022.

VIUDES, D. R.; BRECAILO, M. K. NUTRIÇÃO NO TRANSTORNO DE DÉFICIT DE ATENÇÃO E HIPERATIVIDADE (TDAH). Revista Funec Científica – Nutrição. v. 2, n. 3, p. 16-31, 2014.

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Nutricionista pela Universidade de São Paulo (USP).

Experiência acadêmica em pesquisa científica, trabalhando com projeto sobre tratamento de epilepsia com dieta cetogênica. Atuação em educação alimentar, desenvolvendo curso de capacitação para professores da rede pública sobre nutrição.

Trabalha com marketing de conteúdo, com foco na divulgação de informação de qualidade baseada em ciência sobre alimentação e suplementação.

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