Pular para o conteúdo
Home » Todos os posts » Ômega 3 e Óleo de peixe | O que são e diferenças

Ômega 3 e Óleo de peixe | O que são e diferenças

ômega 3 e oleo de peixe
4 minutos de leitura

Ômega 3 e óleo de peixe não são a mesma coisa. O óleo de peixe contém ômega 3 e é uma de suas fontes, sendo a matéria-prima utilizada para fazer os suplementos do nutriente. No entanto, o óleo de peixe não é composto apenas de ômega 3.

O ômega 3 é uma gordura boa que pode ser encontrada em diferentes formas, as mais famosas são: EPA, DHA e ALA. O EPA e DHA são o ômega 3 de origem animal, encontrado principalmente nos peixes.

Por outro lado, o ALA é o representante de origem vegetal, encontrado, por exemplo, em sementes de linhaça e chia. 

O óleo de peixe é extraído de peixes gordurosos. As suas concentrações de ômega são menores que as encontradas nos suplementos e não são padronizadas, variando de acordo com os peixes utilizados. 

Qual a diferença entre óleo de peixe e ômega 3?

A diferença entre óleo de peixe e ômega 3 é que o óleo de peixe é um óleo natural que é extraído naturalmente de certas espécies de peixe, principalmente aqueles encontrados em águas frias.

E o ômega 3 se trata do nutriente contido no óleo de peixe e em outros alimentos. Em um suplemento de óleo de peixe pode-se encontrar uma quantidade significativa de ômega 3 e outros componentes também. 

Para que serve o ômega 3 com óleo de peixe?

O ômega 3 com  óleo de peixe serve para oferecer diversos benefícios como a melhora da função cerebral (inclusive em crianças), prevenção de doenças do coração e câncer, tratamento da obesidade, diabetes tipo 2, depressão, melhora do desempenho físico, entre outros.

O EPA e o DHA (ácido eicosapentaenóico e docosahexaenóico) são os dois tipos de ômega 3 que mais fornecem benefícios para a saúde. São gorduras encontradas em peixes de águas frias e profundas, como salmão, sardinha, anchova, cavala e arenque.

Qual o melhor horário para tomar ômega 3 óleo de peixe?

O melhor horário para tomar ômega 3 e óleo de peixe é juntamente com as refeições.

Pois, ao combinar o ômega 3 com alimentos, especialmente aqueles ricos em gorduras saudáveis, a absorção dos ácidos graxos essenciais presentes nesses suplementos é potencializada.

As gorduras dos alimentos auxiliam na absorção dos ácidos graxos, tornando-os mais disponíveis para o organismo.

Quanto de Ômega 3 devo consumir?

O ômega 3 é um tipo de gordura que proporciona diversos benefícios ao corpo e não é produzido pelo organismo. Por isso, é necessária a obtenção do nutriente por meio da alimentação ou da suplementação.

O fator que tem influenciado cada vez mais na preferência das pessoas pelo suplemento é a dificuldade de atingir as quantidades recomendadas do nutriente através da alimentação. 

Por exemplo, a Associação Americana do Coração recomenda consumir algum peixe fonte de ômega 3 ao menos duas vezes na semana, para atingir os níveis de ômega 3 necessários ao corpo. 

Já para pacientes com histórico de doença cardíaca, o consumo indicado é de 1 g de EPA e DHA por dia, uma quantidade considerada muito alta, levando em conta os valores nutricionais dos alimentos presentes na cultura brasileira.

Ômega 3 nos suplementos de óleo de peixe

A quantidade de óleo de peixe descrita no rótulo não representa a quantidade de ômega 3 do suplemento, mesmo que o produto tenha o nome desse nutriente.

Os suplementos a base de óleo de peixe podem conter outros ingredientes na composição, além do ômega 3.

O que determina a quantidade de ômega 3 presente em suplementos à base de óleo de peixe são, somente, os valores de EPA e DHA. Fora eles, o que compõe uma cápsula também é óleo de peixe.

Por isso, quando for escolher o seu suplemento, busque as maiores proporções de EPA e DHA. Bons suplementos fornecem pelo menos 1200 mg de EPA e DHA em duas cápsulas. 

Quer saber mais?

Referências

KRIS-ETHERTON, Penny M.; HARRIS, William S.; APPEL, Lawrence J. Fish consumption, fish oil, omega-3 fatty acids, and cardiovascular disease. circulation, v. 106, n. 21, p. 2747-2757, 2002.

CHAN, Dick C. et al. Effect of atorvastatin and fish oil on plasma high-sensitivity C-reactive protein concentrations in individuals with visceral obesity. Clinical Chemistry, v. 48, n. 6, p. 877-883, 2002.

FERREIRA, Nuno; PEREIRA, Ana Maria Geraldes Rodrigues; FERREIRA, Filipe. Avaliação do conhecimento da população sobre suplementos alimentares: revisão sistemática da literatura. Revista Multidisciplinar, p. 292-293, 2023.

GRENYER, Brin FS et al. Fish oil supplementation in the treatment of major depression: a randomised double-blind placebo-controlled trial. Progress in Neuro-Psychopharmacology and Biological Psychiatry, v. 31, n. 7, p. 1393-1396, 2007.

4.7/5 - (3 voto(s))
Priscila Gontijo Correa

Nutricionista e Mestre em Ciências pela UNIFESP.

Experiência acadêmica em pesquisa científica. Atua como professora convidada em cursos de graduação e pós graduação na área da saúde.

Profissional com sólida formação em pesquisa e inovação. Atua na interseção entre o desenvolvimento de produtos com base em ciências e inovação para a saúde, e o marketing de conteúdo.

Marcações:

3 comentários em “Ômega 3 e Óleo de peixe | O que são e diferenças”

    1. Ro, tudo bem?

      O Ômega 3 não promove a queima de gordura no organismo, mas ele ajuda a reduzir inflamações associadas à obesidade, então indiretamente ele pode ajudar na promoção da perda de peso com uma rotina de hábitos saudáveis, mas ele não é termogênico. ?

  1. Pingback: O que é ômega 3 1000 mg? | Dra. Priscila Gontijo explica – Blog Vhita

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

20 − catorze =


The reCAPTCHA verification period has expired. Please reload the page.