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Embora muitas pessoas se perguntem se o magnésio dimalato engorda, a verdade é que não há relação entre este mineral e o ganho de peso. Afinal, o magnésio não tem calorias, então, não pode engordar.
Por outro lado, níveis inadequados de magnésio no organismo podem dificultar o emagrecimento.
No entanto, isso também não quer dizer que o magnésio emagrece, pois sua participação na perda de peso é totalmente indireta.
Quer entender mais sobre o assunto? Vem com a gente até o final porque vamos lhe explicar bem detalhadamente!
Sumário
Qual a relação do magnésio com o peso corporal?
Primeiro, é importante que você saiba que o magnésio é um dos nutrientes mais abundantes no nosso corpo, participando de mais de 300 reações bioquímicas.
Então, quando falamos de peso corporal, este mineral atua de diversas formas para promover o seu controle. Veja abaixo algumas delas:
Regulação da insulina e controle da glicose
O magnésio é um dos principais responsáveis por regular os níveis de glicose (açúcar) no sangue. Isso acontece porque ele estimula a liberação de insulina, hormônio que faz a glicose entrar nas células.
Além disso, o magnésio também aumenta a sensibilidade das células à insulina, combatendo a resistência insulínica.
Logo, quando os níveis de magnésio estão insuficientes no corpo, a liberação de insulina pode ficar comprometida, resultando no aumento de glicose no sangue, que pode desencadear em pré-diabetes e diabetes.
Quanto ao peso corporal, o problema é que níveis elevados de glicose no sangue, combinados a resistência à insulina, favorece o acúmulo de gordura e o excesso de peso.
Disposição e energia
O magnésio é um ativador de diversas enzimas que atuam na produção de energia. Com isso, a deficiência de magnésio pode gerar alterações no metabolismo energético, resultando em indisposição e fadiga.
O que, por sua vez, pode facilitar o sedentarismo, um outro fator relacionado ao ganho de peso e dificuldade no emagrecimento.
Modulação do humor e das funções cognitivas
Os distúrbios emocionais são uns dos principais causadores do sobrepeso e obesidade. Pessoas ansiosas, estressadas e depressivas tendem a ter o apetite alterado, além de desmotivação, cansaço excessivo e compulsão alimentar.
E onde que o magnésio entra nisso? Acontece que este mineral é um precursor na produção de vários neurotransmissores, como a serotonina, dopamina e acetilcolina, que promovem a sensação de bem-estar, felicidade, motivação e foco.
Além disso, o magnésio também é responsável por regular as funções cognitivas, melhorando o aprendizado, memória, atenção e raciocínio.
Qualidade do sono
Por também ser essencial para a produção de melatonina, hormônio do sono, uma das funções do magnésio é promover a boa qualidade do sono. Que, por sua vez, é fundamental para o controle do peso corporal.
E então, magnésio dimalato engorda ou emagrece?
Antes de tudo, precisamos entender que o peso corporal é controlado diretamente pela quantidade de calorias que consumimos na alimentação todos os dias.
Isso significa que o ganho de peso acontece quando consumimos mais calorias do que nosso corpo é capaz de gastar, o chamado “superávit calórico”.
Enquanto que o emagrecimento ocorre quando consumimos menos calorias do que nosso corpo gasta, chamado de “déficit calórico”.
Em se tratando do magnésio, você deve saber que ele não tem calorias, assim como qualquer outro mineral. Logo, é evidente que o magnésio não é capaz de engordar e nem de emagrecer.
A realidade é que, dentre suas funções, ele atua em vias responsáveis pelo controle do peso corporal. Então, é importante que o magnésio esteja em níveis adequados no organismo para prevenir o excesso de peso e/ou promover o emagrecimento.
Em todo caso, o ideal é sempre consultar um médico ou nutricionista para avaliar se seus níveis de magnésio estão adequados ou se precisa de reposição.
Quais as verdadeiras causas do ganho de peso?
Como vimos acima, o magnésio não engorda e nem emagrece. Diante disso, decidimos trazer os principais e verdadeiros motivos para o ganho de peso. Confira:
Má qualidade do sono
A má qualidade do sono está diretamente ligada ao ganho de peso. Quando o sono é insuficiente ou frequentemente interrompido, ocorre uma desregulação nos hormônios controladores do apetite, como a leptina e a grelina.
Esses hormônios são responsáveis por regular a sensação de fome e saciedade. Então, a má qualidade do sono pode levar ao aumento da fome e do desejo por alimentos açucarados e calóricos.
Além disso, a falta de sono compromete o controle dos níveis de açúcar no sangue, aumentando a resistência à insulina e favorecendo o acúmulo de gordura corporal.
Em um ciclo vicioso, a privação do sono também pode prejudicar a motivação e a disposição para a prática de exercícios.
Estresse
O estresse crônico estimula a liberação inadequada de cortisol, hormônio associado ao aumento da fome e ao acúmulo de gordura abdominal.
Com isso, em resposta ao estresse, muitas pessoas acabam tendo mais vontades por alimentos ricos em açúcar e gordura.
Além disso, o estresse também é um outro motivo para a má qualidade do sono, aumentando ainda mais as chances de ganho de peso.
Deficiências nutricionais
Por muito tempo, as deficiências nutricionais eram tratadas como se só acometessem pessoas com baixo peso.
No entanto, hoje, já sabemos que elas são cada vez mais comuns em pessoas com sobrepeso e obesidade.
A razão disso é que o excesso de peso não é sinônimo de bem nutrido. Visto que o aumento de peso acontece sobretudo pelo consumo excessivo de calorias, que, muitas vezes, é acompanhado de baixa ingestão de vitaminas e minerais.
Desse modo, quando o corpo não tem quantidades suficientes de nutrientes essenciais, aumenta a busca por calorias, resultando em um ciclo vicioso para o ganho de peso.
Excesso de calorias e sedentarismo
Por fim, como já não é mais segredo para ninguém, os maus hábitos alimentares, em conjunto ao sedentarismo, são os principais responsáveis pelo ganho de peso.
Afinal, enquanto a alimentação inadequada gera o consumo insuficiente de nutrientes essenciais, a falta de exercício físico regular desacelera a queima de gordura corporal, formando uma combinação propícia para o excesso de peso.
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Referências
BARBAGALLO, M.; VERONESE, N.; DOMINGUEZ, L. J. Magnesium in Aging, Health and Diseases. Nutrients. v. 13, n. 463, p. 1-20, 2021.
FIORENTINI, D. et al. Magnesium: Biochemistry, Nutrition, Detection, and Social Impact of Diseases Linked to Its Deficiency. Nutrients. v. 13, n. 1136, p. 1-44, 2021.
SEVERO, J. S. et al. Aspectos Metabólicos e Nutricionais do Magnésio. Nutrición Clínica Y Dietética Hospitalaria. v. 35, n. 2, p. 67-74, 2015.
Nutricionista pelo Centro Universitário das Faculdades Metropolitanas Unidas (FMU) e pós graduada em Comportamento Alimentar pelo Instituto de Pesquisas, Ensino e Gestão em Saúde (IPGS).
Experiência acadêmica em pesquisa científica e produção de conteúdos com embasamento científico. Trabalha com marketing de conteúdo, com foco na divulgação de informação de qualidade baseada em ciência sobre alimentação e suplementação.