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Algas marinhas: quais os tipos e seus benefícios

algas marinhas
8 minutos de leitura

As algas marinhas são uma fonte alimentar pouco utilizada na culinária brasileira, sendo mais comuns na culinária oriental, como na comida japonesa.

Sendo assim, as algas mais comuns conhecidas aqui são aquelas  que vem no entorno dos sushis, chamadas “nori”.

No entanto, as algas marinhas podem fazer parte da nossa alimentação diária, principalmente por conta de suas várias propriedades nutricionais.

Por isso, neste artigo você vai conferir todos os benefícios e para que serve as algas marinhas.

O que são algas marinhas?

As algas marinhas nada mais são do que algas que vêm do mar, utilizadas para temperar e dar mais sabor a pratos culinários.

Elas são vendidas no mercado em forma de pó e podem ser misturadas em uma variedade de preparações como:

  • Sucos;
  • Saladas;
  • Sopas;
  • Caldos;
  • Assadas;
  • Cozidas; 
  • Como tempero para carnes.

Para os adeptos da suplementação, as algas marinhas ainda são encontradas em forma de pílulas para serem ingeridas diretamente.

algas marinhas nori

Principais tipos de algas marinhas comestíveis

1. Nori 

A Nori é uma alga utilizada no preparo de pratos da culinária oriental, como o temaki, por exemplo. Ela é rica em iodo e possui uma concentração alta de proteínas comparada aos outros tipos de algas. 

2. Chlorella 

É uma microalga usada em shakes, vitaminas, smoothies e pastas para aumentar a imunidade natural do organismo. Seu uso também está associado à prevenção de doenças como fibromialgia e hipertensão. 

3. Spirulina 

Esta alga é rica em polissacarídeos, ácidos graxos, vitaminas e minerais que auxiliam no controle dos níveis de colesterol e da glicose. Todavia, também é consumida para auxiliar no emagrecimento. 

4. Ágar-ágar

O ágar-ágar é uma alga usada no preparo de gelatinas, geleias e balas de goma, sendo mais um espessante. Seu conteúdo nutricional contém fibras, polifenóis e carotenóides que protegem as células do corpo todo da oxidação

Para que servem as algas marinhas?

Apresentando um sabor forte, as algas marinhas servem para temperar pratos salgados e também para serem suplementadas através de cápsulas.

Por sua vez, as cápsulas de algas marinhas são utilizadas visando a obtenção de seus respectivos benefícios para a saúde.

Nesse sentido, veja agora os principais benefícios das algas marinhas para a saúde:

  • Emagrecimento
  • Alimento de baixa densidade calórica
  • Atuam diminuindo o apetite
  • Promovem saciedade
  • Controlam a ansiedade por comida
  • Ricas em fibras
  • Melhoram o funcionamento intestinal
  • Eliminam toxinas corporais
  • Auxiliam no metabolismo das gorduras.

Além disso, promovem desinflamação, transformando a glicose em energia ao invés de gordura, evitando assim o acúmulo de gordura corporal.

As algas marinhas possuem uma fibra natural, a alginato, que diminui a absorção de gordura com eficiência melhor até do que os vários tratamentos para obesidade da atualidade.

Como o consumo das algas marinhas favorece a perda de peso?

  1. Quando são consumidas, as algas marinhas dão mais saciedade, inibindo a fome e controlando o apetite;
  2.  Elas têm a propriedade de diminuir os níveis de glicose soltos após as refeições;
  3. Como reduzem a absorção de gorduras, conseguem controlar o colesterol LDL (ruim);
  4. As algas conseguem equilibrar as bactérias intestinais, contribuindo para produção de vitaminas e melhorando a digestão;
  5. O metabolismo é aumentado, acelerando o uso das reservas de carboidrato e gorduras, promovendo o emagrecimento. 
algas marinhas tipos comestíveis

Outros benefícios das algas marinhas

1. Controle do hipotireoidismo

Este alimento possui uma relação com a quantidade de iodo presente no organismo, já que é rico neste mineral. Nesse sentido, as algas podem ser utilizadas para equilibrar a produção hormonal da tireóide, evitando o hipotireoidismo.

Sendo assim, as algas marinhas são ricas em iodo e em outros componentes essenciais para a produção hormonal da tireóide, como a tiroxina e a triiodotironina.

Por sua vez, sem essas substâncias, os hormônios não são sintetizados corretamente causando o hipotireoidismo, doença que se manifesta através do bócio, mais conhecido como papo.

Os sintomas mas comuns relacionados ao hipotireoidismo são:

  • Garganta inchada, como se fosse um caroço
  • Problemas de mastigação e deglutição
  • Ganho de peso ao redor do pescoço
  • Cansaço
  • Falta de concentração
  • Sensibilidade ao frio
  • Falta de energia e desânimo constante
  • Constipação
  • Cabelos e pele ressecados.

2. Desordens congênitas

O consumo de algas marinhas deve ser estimulado durante a alimentação na gestação, já que o alimento é rico em ácido fólico.

Neste caso, a deficiência de ácido fólico costuma trazer desordens congênitas, aumentando riscos para a saúde do bebê em formação.

Além de serem seguras para a gravidez, as algas previnem doenças cardiovasculares como os AVCS, devido a ação do ácido fólico.

3. Proporcionam mais energia 

As algas marinhas contém grande quantidade de vitamina B12, por este motivo atuam diretamente no combate ao cansaço e à fadiga.

Além disso, a concentração e perda de memória são beneficiadas, devido a ação desta vitamina no sistema nervoso central.

Logo, os minerais existentes no alimento aumentam a força muscular, gerando mais energia e vigor para as atividades do dia a dia.

4. As algas marinhas são anti-inflamatórias

A alta concentração de magnésio nas algas proporciona diminuição de episódios de inflamação no corpo todo.

Além disso, contribui para a saúde cardíaca, já que este mineral atua diretamente combatendo o entupimento das artérias.

Quando falamos de substâncias calmantes, as algas são importantes porque agem como relaxante natural, reduzindo os níveis de estresse e acabando com a enxaqueca. 

Sendo assim, elas conseguem equilibrar o humor e consequentemente promovem um equilíbrio nos hormônios do estresse e do bem estar.

5. Diminuição dos Sintomas da Menopausa

As mulheres em menopausa sofrem com sintomas indesejáveis, como fogacho, insônia e estresse.

Tais efeitos podem ser atenuados com o consumo das algas marinhas, já que o magnésio também atua no controle das lignanas, enzimas parecidas com o estrogênio, contribuindo para a melhora desses sintomas. 

6. Prevenção do Câncer

Alguns estudos indicaram que as mulheres japonesas possuem índices mais baixos de câncer de ovário, de mama ou do endométrio.

Sendo assim, esses baixos índices possuem relação com o consumo de algas marinhas, que conseguem diminuir os níveis de estradiol nas mulheres.

Ademais, espera-se que as substâncias e nutrientes das algas induzam a apoptose de células cancerígenas.

7. Ricas em Antioxidantes 

Consumir algas marinhas proporciona que altos níveis de antioxidantes sejam absorvidos pelo organismo, contribuindo para diminuição da ação dos radicais livres.

Portanto, além de todos os benefícios apontados neste artigo, as algas marinhas também proporcionam melhora da estética e da pele.

Quer saber mais?

Referências

FONSECA, Juliana. Aplicação de Algas na Indústria Alimentar e Farmacêutica. Projeto de Pós Graduação para obtenção do grau de Mestre em Ciências Farmacêuticas., 2016. Universidade Fernando Pessoa.

ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DE NUTRIÇÃO. Algas a gosto.  2019. 

Rodrigues, Mara Sofia. Caracterização da composição nutrional da macroalga Fucus vesiculosus e a alteração dos compostos bioativos nos diferentes métodos de secagem. Dissertação apresentada à Escola Superior Agrária de Bragança para obtenção do Grau de Mestre em Qualidade e Segurança Alimentar, 2015. Instituto Politécnico de Bragança. Bragança, Portugal. 

Natana Sá Mota et al. MACROALGAS MARINHAS COMESTÍVEIS: TENDÊNCIAS TECNOLÓGICAS. Faculdade de Farmácia, Universidade Federal da Bahia, UFBA, Salvador, BA, Brasil, 2014. 

FOODDATA CENTRAL. Seaweed, raw. Disponível em: <https://fdc.nal.usda.gov/fdc-app.html#/food-details/1103376/nutrients>. Acesso em 09 mar 2021

Lopes, Júlia Serpa. Influência da adição da macroalga Kappaphycus alvarezii nas propriedades físicas de snacks à base de farinha de arroz. PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIA DOS ALIMENTOS. UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA, Florianópolis, 2020. 

EUROPEAN JOURNAL OF NUTRITION. Efects of spirulina and wakame consumption on intestinal cholesterol absorption and serum lipid concentrations in non‑hypercholesterolemic adult men and women. 2019. 

EXAMINE.COM. Iodine. Disponível em: <https://examine.com/supplements/iodine/research/#safety-and-toxicology>. Acesso em 06 mai 2020

COZZOLINO Silvia. Biodisponibilidade de nutrientes. 4º. Brasil: Manole Ltda, 2012. 541-554.

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Nutricionista pela Universidade de São Paulo (USP).

Experiência acadêmica em pesquisa científica, trabalhando com projeto sobre tratamento de epilepsia com dieta cetogênica. Atuação em educação alimentar, desenvolvendo curso de capacitação para professores da rede pública sobre nutrição.

Trabalha com marketing de conteúdo, com foco na divulgação de informação de qualidade baseada em ciência sobre alimentação e suplementação.

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