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Como repor vitamina D? Dra. Priscila Gontijo

mulher tomando sol repondo a vitamina d
5 minutos de leitura

Para saber a quantidade de vitamina D que seu corpo tem, é preciso fazer um exame de sangue. Ao realizar o exame para detectar a quantidade de vitamina D no sangue, o valor encontrado deve ser maior de 50 nmol/l para ser considerado adequado.

Se estiver menor de 50nmol/l, você pode ser diagnosticado com insuficiência ou deficiência de vitamina D. Sendo a insuficiência de vitamina D menos grave que uma deficiência.

A insuficiência é representada por uma concentração de vitamina D sanguínea entre 50 nmol/l e 30 nmol/l. Enquanto a deficiência apresenta valores menores de 30 nmol/l.

Existem 3 opções possíveis para repor vitamina D:

1. Alimentação

2. Suplementação

3. Uso de medicação. 

Não existe uma opção que seja melhor ou pior, a estratégia que será utilizada vai depender da concentração sanguínea de vitamina D no corpo. 

Alimentos que ajudam a repor vitamina D

É difícil aumentar os níveis de vitamina D apenas através da alimentação. Pois o tempo necessário para atingir as concentrações adequadas de vitamina D para a saúde é muito maior só com a alimentação do que quando comparado a suplementação ou a medicação.

Os principais exemplos de alimentos fontes de vitamina D são: atum, sardinha crua, sardinha enlatada, óleo de peixe, manteiga, fígado de boi, fígado de frango e cogumelos.

Por exemplo, veja agora de acordo com a faixa etária como deveria ser a sua alimentação:

Para aumentar a vitamina D em crianças e adultos até 50 anos: Seria necessário o consumo diário de uma média de 100 g de qualquer uma dessas opções de peixe.

Para aumentar a vitamina D em adulto com mais de 50 anos: O consumo diário de salmão ou quase 200 g de atum em conserva seria recomendado diariamente.

Para aumentar a vitamina D em idosos (+ de 71 anos): Já para idosos o jeito mais prático seria com o consumo diário de salmão ou de cogumelos secos ao sol, pensando que esse público não aceita bem grandes quantidades de alimento. 

Considerando as quantidades de alimentos para reposição de vitamina D descritas e o padrão alimentar do brasileiro, a conclusão que podemos tirar é que infelizmente o consumo adequado da vitamina D pela alimentação é muito difícil.

Suplemento para repor vitamina D

Existem 5 diferentes nomes da vitamina D, mas, nos suplementos você pode encontrar apenas dois, são eles:

  • Vitamina D2 ou ergocalciferol: representa o suplemento de vitamina D de origem vegetal.
  • Vitamina D3 ou colecalciferol: representa o suplemento de vitamina D de origem animal.

O suplemento de vitamina D3 é melhor aproveitado pelo organismo quando comparado com um suplemento de vitamina D2. 

No Brasil, um suplemento de vitamina D pode ter no máximo 2000 UI, independente de ser vitamina D2 ou D3. Enquanto em outros países o suplemento pode ter até 10.000 UI.

Essa dose diária de vitamina D é adequada para todas as populações, a partir de 1 ano de idade. É uma dose que pode ser utilizada para a manutenção dos bons níveis de vitamina D no sangue em pessoas com baixa exposição solar, reverter inadequações e deficiências leves.

Remédio para repor vitamina D

No Brasil, consideramos que a vitamina D é um remédio quando possui doses maiores do que 2.000 UI. Por exemplo, uma conduta comum, apesar de não ser incentivada, é o consumo de um medicamento de vitamina D duas vezes por semana. 

Alguns estudos já analisaram essa questão e afirmam que o ideal é o consumo diário para reposição da vitamina D. E não consumir apenas alguns dias na semana grandes quantidades.

As dosagens mais comuns de medicamentos de vitamina D são de 7.000 e 10.000 UI. Normalmente você encontra esses medicamentos em comprimidos ou injeções. A vitamina D injetável é recomendada em casos de deficiências mais severas. 

Para saber qual a melhor dosagem e forma de repor vitamina D para você, é preciso ter em mãos o exame específico para detectar vitamina D no sangue e avaliação criteriosa por um médico ou nutricionista.

Quer saber mais?

Referência:

SARAIVA, Gabriela Luporini et al. Prevalence of vitamin D deficiency, insufficiency and secondary hyperparathyroidism in the elderly inpatients and living in the community of the city of São Paulo, Brazil. Arquivos Brasileiros de Endocrinologia & Metabologia, v. 51, n. 3, p. 437-442, 2007.

BUENO, Aline L.; CZEPIELEWSKI, Mauro A. The importance for growth of dietary intake of calcium and vitamin D. Jornal de pediatria, v. 84, n. 5, p. 386-394, 2008.

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Priscila Gontijo Correa

Nutricionista e Mestre em Ciências pela UNIFESP.

Experiência acadêmica em pesquisa científica. Atua como professora convidada em cursos de graduação e pós graduação na área da saúde.

Profissional com sólida formação em pesquisa e inovação. Atua na interseção entre o desenvolvimento de produtos com base em ciências e inovação para a saúde, e o marketing de conteúdo.

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